sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Eu e meus botões

   Há noites em que o sono teima em não vim, apesar do cansaço ser evidente e o dia seguinte ser longo. Faltam 5 horas e 12 minutos para despertar
Noites em que o catálogo da Netflix já foi explorado ao máximo e os filmes favoritos revistos recentemente.
   Em noites assim, escrevo...seja porque o silêncio facilita organizar as ideias, seja só pra romper o silêncio.
   Gosto da ideia de escrever cartas, e jogar em alto mar, sem CEP, em busca de um destinatário, e se chegou até você saiba
que cada vez mais acredito que Deus está nos detalhes, no por do Sol, no sabor das coisas, nas cores das paisagens, nas sutilezas e nuances da vida.
   Aprecio também as coisas efêmeras
   As vezes um momento só precisa de alguns segundos pra ser eterno e a saudade é o preço que pagamos por eles.
   O gosto da Vitória dura alguns segundos antes de começamos a pensar no próximo jogo, terceira coisa que quero destacar, tudo é cíclico, alguns ciclos costumam ser maior do que outros.
   Talvez minha constatação mais importante é saber ou melhor aceitar que nem tudo depende da gente e tudo bem, não há porque se perder a paz por coisas que fogem nosso controle(as vezes é difícil lembrar) fazemos nosso melhor e torcemos pra ser o bastante, e muitas vezes é, tudo tende a terminar bem, difícil mesmo é saber quando é o fim e logo após o novo início, afinal tudo é cíclico.


Luan Gabriel 

Mantra

    Meu discurso é contramarjoritario! 


   Sempre será, enquanto as nuances continuarem a ser postas de lados (em postagens) de um universo tão polarizado, tentar ver o outro lado antes de julgar sem fatos, em uma época onde a internet é 4G a sentença sai antes da contestação! Dependendo do prisma todo mundo pode ser vilão, ou herói.
    Cada pessoa é em si um universo( e nesse verso já saio do mundo jurídico)
Quando me perguntam se a resposta é "A" ou "B" me preocupo mais em como se chega a essa resposta do que ela propriamente, acredito que há um modo correto de fazer as coisas.
    Já li o Príncipe e sei que há quem entenda que os fins justificam os meios, mas também li o pequeno Príncipe e lá aprendi muito mais.
Talvez eu tenha o dom de ver o melhor em cada um (preferia voar) é preciso paciência pra isso e esta pronto pra ver além da superfície.
É o tempo que dedicamos que tornam as coisas importantes e te dei meus melhores momentos, sempre na torcida por ti (muitas vezes acreditando mais do que você) (Não falei do Vasco nesse trecho)
   Quem me pergunta porque continuo vestido a Cruz de Malta sem títulos não entende o que é se doar sem esperar nada em troca, cada Vitória é um Mundial, cada derrota é uma lição de vida. Contra a lógica, as vezes enxergamos mais longe, caidos no chão.
A gente se acostuma com a solidão quando insiste em seguir ideais quase ingênuos (preço da pureza?)


   A gente aceita a pagar o preço (com impostos e juros) das juras de Amor.
   A gente muitas vezes é singular (sou)
   Mas assim escolho o melhor lugar (Fila L n° 12)
   Torço por ti trilhar seu caminho ainda que há muito tenha se separado do meu.
Ainda que a arquibancada esteja vazia, ouça meu canto desafinado, rimado, improvisado.
E se um dia não ouvir é só porque não gosto de gritar, pra não correr o risco de as palavras se perderem prefiro entregar ao pé do ouvido.
Paradoxal escrevo outras tantas em cartas em garrafas jogadas no alto mar deixando o destino decidir se deve ou não te entregar.


22/04/18 Luan Gabriel