Acredito que o segredo de uma boa adaptação é captar a essência.
Existem inúmeras obras sobre zumbis e The Last of Us se destaca por não ser sobre isso, até mesmo o jogo é mais do que os momentos de ação, ou aquela parte difícil que temos de repetir até decorar a posição de cada inimigo, é sobre jornada e como toda boa jornada, o dialogo é o que torna uma obra de arte, é a garota que nunca teve acesso a internet mas sonha com a Lua, é sobre um cara letal com um rifle mas que penetra mais fundo ainda quando toca violão, é sobre explicar as regras de uma partida de futebol americano ou fazer trocadilhos ruins (cá entre nós, são os melhores)
The Last of us, é sobre criar laços, sabe, aqueles do pequeno príncipe... Quando Ellie chegou era uma garota como qualquer outra com a boca suja, é conviver com ela que a torna única e junto com Rhaenyra, Hinata e Sunny, são meus personagens femininos da ficção favoritos e a tatuagem dela é a única que pretendo colocar na minha pele quando melhorar o shape.
Se você não liga para spoiler... continue.
The Last of us parte 2 é TÃO BOM, que às vezes, esqueço como a primeira parte é primorosa em criar esse laço, eu passo pano para Joel e passo pano para Ellie que fez o que fez na sua vingança mas é impossível, pedir pro Naruto ver que o Sasuke é um trouxa e é impossível para falar para não fazer tudo e abrir mão de tudo por alguém que fez/faria isso por você.
Meu coração se aperta ao pensar como vão adaptar a cena da Ellie tocando violão e no fim, sem os dedos perder a ultima parte do Joel que a acompanhava, meu coração clama por ver eles com capacete de astronauta. Certa vez eu falei que 27 anos seria o suficiente, eu estava errado, preciso ver mais coisas, algumas, mais de uma vez.
Luan