Em dias como hoje tudo o que eu queria era pegar a bicicleta e pedalar até o parque para sentir o verde, jogar bola com os garotos que ali estivessem, deitar na grama, ler um livro, voltar para casa cansado o suficiente para não pensar tanto, pode até ser que seja solitário andar por entre gente, mas o anonimato é menos sufocante que o quarto.
E com isso a mente que viaja, no tempo e espaço. Nasci em Carajás uma cidade muito pequena, tão pequena que não era uma cidade, acredito que o termo seja núcleo urbano, somos Plutão diante do sistema solar, pode se pensar como uma grande condomínio, o que significa que minhas lembranças são de casas sem muro e com jardins, segurança para acampar no quintal com uma barraca do Gugu e bicicletas como um meio e transporte que nos levava a cada canto, exceto um.
Lembro das viagens de trem que sempre me conectaram a Teresina, dos mineiros que falavam trem e de especial de uma menina.
Houve um texto que nunca saiu, quando eu estava andando de bicicleta e saiu a terceira temporada de Stanger Things, com varias referencias de It e isso me lembra uma historia.
Certa vez, estávamos sentados na calçada a noite e os garotos mais velhos contavam a lenda de que na ultima rua, havia uma pintura de um palhaço que se você olhasse para ele ganhava vida e lhe matava.
Por motivos óbvios, se estou escrevendo hoje é por que nunca fui conferir.
Luan