sexta-feira, 6 de abril de 2018

Mágica de Os



Osíris abençoou a agricultura do Egito, dádiva do Nilo.
E você dádiva do Poty, saiba que é privilégio te ver por aqui.
É mais bela que a Deusa Isis, muito além, é a mais bela já vista por minha íris.
Seu sorriso é a fonte do arco íris ainda que esse fato seja mantido em sigilo.
(Gostaria de ter a visão de Horus para como um falcão ver cada detalhe dessa maravilha da criação).

Oásis, não estou falando da banda, talvez, da canção do Emicida.
Quando te conheci imaginei que fosse um sonho, miragem ou coisa parecida
Mas o melhor sonho é aquele que vivemos acordados.
E minha ideia de paraíso, é ao seu lado.
(Um copo d’água num dia de calor).

Osiria, rosa vermelha e branca.
Que é admirada por gregos e troianos,
Agradaria até mesmo a rainha de Copas.
É ano de copa mas te conquistar que seria chegar ao topo do mundo

Es forte, não precisa da redoma e apesar de ler a obra de Maquiavel
Príncipe por príncipe
Prefiro o menor e lhe cobrir (um dia) apenas com véu.
(Afinal é o tempo que dedico e a rima que faço e refaço que mede sua importância

O carinho em cada detalhe demonstra que não é liminar, é sentença em última instancia)

Agradeço pelo coração roxo
Ainda mais quando bate no meu peito um coração viking.
Já entramos na mitologia nórdica,
e nesse caso Você é a Walkiria e
O paraíso, Oásis e Valhalla são um só.
Não são um lugar e sim a sensação dos nossos dedos formando um nó.

A lenda pode ser nórdica, mas a localização é do nordeste
Há uma canção sobre um morango que só nasce por aqui
Esse poema é sobre uma flor que dá vida a qualquer paisagem
E em suma a mensagem é que:
É bom te ver crescer, criar raízes
Ainda que não seja no meu jardim
Polinize momentos felizes
Não te arrancaria, ainda que para te ter só pra mim
Prefiro capoeira e minha luta costuma ser em campo
Pela posse da bola e se um dia me derrubarem no tatame
É Porque no Jiu Jitsu se grita OSSSSS
E gosto desse trocadilho infame.

Luan Gabriel Silva Sousa 
Arte: Ítalo Fernando 

terça-feira, 3 de abril de 2018

Tema Livre

Outro dia quando já era noite, após o treino um amigo fez o convite para ir a um bar, para continuar a conversa, o Vasco estava jogando na libertadores e ganhando, o dia estava bom e foi quando me veio a ideia que hoje ganha forma.
A cidade é muito grande e muito pequena, como em uma de suas músicas Humberto fala de Porto Alegre mas eu acho que se aplica a Teresina também, ambos ficam fora do eixo Rio-São Paulo e as pessoas migram pro litoral, nas férias, na verdade o que conheço de Porto Alegre é mais pelas canções dos anos 80/90 mas ainda não é o momento de tocar nesse ponto;
A cidade é grande pois já me aventurei a cruza-la a pé, ela fica cada vez maior, antigamente o moletom da escola era toda proteção necessária, hoje sempre que possível levo comigo água e protetor solar, mas é pequena pois todos se conhecem e descobri que meu amigo conhecia um grupo da qual eu fiz parte que reunia escritores, músicos da região, grupo esse que eu acabei saindo por achar que o poema é algo mais pessoal e antes dele contar a história da cidade deve contar a sua, bom quando se conta as duas. Hoje o blog anda parado, os meus poemas se perdem em mensagens que nem sempre são respondidas mas chegaram ao seu destinatário, entre um livro entre os mais vendidos e o poema chegar a quem o inspirou, ainda fico com a segunda opção, talvez por isso falte dinheiro no fim do mês.
Mas lembrar desse grupo me fez lembrar de umas críticas que recebi quando era mais jovem e umas delas era focar muito em Engenheiros do Hawaii, minha banda preferida e que na época era unanime, eu até concordo com essas críticas cresci bastante conhecendo outras bandas e cantores, aliás muita atenção em algo é desatenção em outras, acho que foi o Humberto que escreveu isso e sim ainda ouço bastante Engenheiros e sempre que preciso de uma canção para definir um momento é deles mas hoje ouço diversas bandas, quem ignora um gênero, acaba se privando de aprender algo, de conhecer algo novo e isso não é só para a música, é pra vida.
Depois desse breve introito, chegamos ao ponto que eu queria.
Andre Dahmer tem um tirinha muito boa, sobre um livro para os jovens e ele só tinha uma página e alguém aparece e diz: Você é louco, uma página inteira.
Mas cá estou, poeta, escritor, em extinção mas nunca ultrapassado, “vindo de outros tempos mas sempre no horário” a essa altura já sabe de quem é essa canção e o que quero expor é referencias, a pouco fiz meu TCC e é inegável que precisamos de uma base para criar no ponto de vista, nossa personalidade, mas sempre podando e as vezes discordando, para não ser plagio o que é péssimo tanto no TCC quanto na vida.
Somos o conjunto do que lemos, das viagens que fizemos e das pessoas que amamos.
Não sou famoso e dificilmente vou ser então não acho que vou ter fâ clubes querendo saber de tudo o que eu gosto, então eu mesmo faço isso, acho que autoconhecimento é importante, se eu montar uma playlist ela vai ser diferente a cada dia, mas é bom olhar elas e ver o que eu ouvia, a Netflix também ajuda a organizar os filmes que assistimos, os que mais gostamos, e a estante de livros.
Estou escrevendo enquanto mato zumbis em um jogo, comecei a assisti filmes de terror por causa da mãe que gostava, ela, e acho que toda mãe sempre está fazendo algo e era um jeito de passar um tempo com ela, a primeira música que ouvi de Engenheiros foi Era um Garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, é um título grande mas tinha um refrão que imitava a rajada de uma metralhadora, na época eu não era ligado tanto a músicas mas eu curtia muito, quando eu lembro de star wars, lembro que passou na band uma vez, meu pai disse que era bom, só assistimos um pedaço do filme, fui assisti de verdade uns 10 anos depois e não foi por causa do meu pai mas lembro desse momento. Não lembro de como eu comecei a gostar de futebol americano, quando eu vi já gostava mas lembro de quando comecei a praticar, fui assisti a final no cinema e estavam entregando os panfletos para o time, o próximo jogo na tv só seria após 7 meses então fui praticar.
Eu insisto em fazer listas de livros, de músicas e filmes, mesmo que ninguém vá seguir como um norte, gosto de deixar pistas para mim. Gosto de quem sou, apesar das cicatrizes, talvez por causa delas.
Acho que é um papo para mais de uma noite, acho que já foi além do limite das linhas permitidas pelo instagram, até por que é uma rede social pra fotos. Ainda bem que o Facebook ( e o blog) ainda existe.
Conhecer é aos poucos, as vezes leva 9 temporadas, mas é bom, é um motivo para o segundo encontro e nunca vai se exauri, sempre a algo a se descobrir.

Luan Gabriel Silva Sousa