sexta-feira, 7 de outubro de 2022
Submerso
terça-feira, 16 de agosto de 2022
Bom Dia, Pun Pun
Não há tempo hábil para se ler todos os livros, assistir todas as séries e filmes, ouvir todas as canções lançadas, ainda mais quando ainda repetimos aquele álbum de 1990, por isso somos grandes playlist, quando conhecemos algo bom, queremos partilhar com quem gostamos e a combinação de referencias é única, muitas vezes as obras dialogam por mero acaso.
Boa Noite, aprendi que quando se trata de internet, nunca se sabe o horário que o leitor vai acessar o blog ainda que ele faça mais sentido de madrugada, mas a saudação se refere ao meu primeiro Mangá, Boa Noite, Pun Pun, que com certeza colocou a régua de corte lá no alto, por ser um primor visualmente, um traço que consegue expor bem as emoções e muitos quadrinhos que poderiam virar um quadro na parede. Sua temática é densa ao abordar Pun Pun, descobrindo o que é o amor, a sexualidade ao mesmo tempo que presencia um caso de violência familiar, o pequeno jovem tão de poucas palavras acaba vivendo tempestades em seus pensamentos ao acreditar que o primeiro amor frustrado teria como consequência a morte.
Na sequencia, enquanto o volume dois ainda estava nos correios, eu li, Mônica: Força, onde os autores se utilizam dos personagens clássicos dá nossa infância para tocar em assuntos delicados, nesse caso, os pais que estão na eminencia de um divorcio e a criança no meio de tal conflito. O mesmo tema mas com tons completamente diferentes, enquanto Mônica mostra sua força mental pois é um problema que não pode ser resolvido com coelhadas e consegue mostrar aos pais o que é muitas vezes esquecido, que é preciso trabalhar em conjunto para não gerar uma sobrecarga e tem um final otimista, Pun Pun, apenas se perde em seus pensamentos e imaginação e é trágico como só a realidade consegue ser.
Se você quiser parar se acompanhar o jovem Pun Pun no volume 1, não há problema, o final é digno de um fim de arco mas a historia continua e se expande, principalmente para seu tio que lida com uma culpa extrema e Pun Pun continua sendo bom com todos, menos consigo mesmo, e vai crescendo até chegar na adolescência quando perde parte de seu carisma por se rebelar e ser controlado pelos hormônios, Albert Camus fala sobre o suicídio ser a única questão filosófica verdadeira e a temática está muito presente na obra, é preciso estar bem para ler, pois de tanto se afogar nos próprios pensamentos, Pun Pun afasta as pessoas e continua (como todo adolescente) acreditando que um revés no amor significa a eterna solidão.
O volume 5, onde estou atualmente começa a se tornar aos meus olhos mais autobiográfico e chegou a mim no momento certo, pois Pun Pun, já não tão jovem assim começa a tentar dá vazão aos seus sentimentos pela escrita de um mangá, e admito que ao sentar para tentar redigir meu livro, o primeiro pensamento é que é grande demais, mas a gente não pode acreditar que é impossível sem tentar. No ultimo domingo fui visitar minha avô, após vários convites recusados de almoços de família que viram jantar, vi que é mais fácil notar o personagem se isolando do que nós mesmos, a leitura está em andamento, o livro está sendo escrito e continuo gostando de ficar no meu quarto mas ás vezes é bom não estar só.
Luan
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
Então é dia 12.
Essa é simbolicamente a postagem de número 500, marca que já havia sido superada mas em uma recente revisão, alguns textos datados foram convertidos em rascunhos, outros acabaram perdendo a relevância com o passar dos anos e foram excluídos, atenção em algumas coisas é desatenção a outras, 500 já é um número imenso e é importante destacar o que considero ser mais importante.
Desses 500, 41 são rascunhos, seja porque nunca ficaram prontos, ideias que estão sendo amadurecidas ou por apesar de prontos, me lembram algo mais são tão subjetivos que não faz sentido compartilhar.
Ao viajar pelo tempo, vejo um Luan de 2011 que escrevia sobre o Amor, com os olhos de um Luan de 2022 que ainda está aprendendo sobre o tema, ao mesmo tempo estou lendo Boa Noite Pun Pun e minha resenha do livro 3 destaca justamente isso, é uma fase que os problemas parecem bem maiores, o 'não' dá garota que gostamos parece significar o fim do mundo ou pelo menos uma vida de solidão, é preciso cair algumas vezes para perceber que não somos de vidro, alguns anos mais tarde uma frase que se repetiu foi, vida que segue, segue a canção.
Há alguns poemas que falam sobre as doses de vodca, admito que foram mais poemas escritos do que doses tomadas, foi uma fases bem breve mas que deixou suas marcas. O Luan de 2013 já sonhava em ter seus versos reunidos em um livro, estou trabalhando nesse momento por esse sonho, pois em 2023, vamos chegar a números interessantes, 12 anos de blog e espero que 40 mil visualizações, faltam pouco menos de 5 mil.
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
Supercalifrangilisticoexpialidiso
Estou encantado com o obra de Sandman e com a certeza que valeu todo o investimento tanto o financeiro quanto o de tempo! O maior vilão era, sem dúvida, uma expectativa altíssima e como é de esperar de uma obra prima, ela supera como uma atleta olímpico de salto com vara, ignorando a barra lá no alto e indo além.
Ao ler, os quadrinhos, de forma quase ritualística, sempre antes de dormir para me conectar ao máximo com o sonhar, pude me maravilhar de como a historia era contada sem pressa, destacando a passagem de tempo, se aprofundando nos personagens e nos levando a profundas reflexões, muito a frente de sua época, é quase atemporal.
Os anos em cativeiro, a lenda de Nada e como a tribo passava de geração em geração, os ensinamentos de sua irmã morte, uma batalha contra um Duque no inferno, um historia de terror, é difícil resumir, felizmente não é preciso.
Pessoas mais próximas ouviram a exaustão curiosidades como:
Os sete perpétuos começam com a letra D. Desespero, Destruição, Destino, Delírio, Desejo, Morte e Sonho, (Death and Dream), acho que desde Desventuras e seus trocadilhos eu não tinha tanta vontade de aprender inglês e conhecer a versão primordial, estou estudando.
A adaptação foi perfeita, pois tudo que eu sentia ao assistir era a felicidade de rever momentos épicos na mídia audiovisual e eu entendi as mudanças feitas, sem esquecer que é uma adaptação para outro formato fiquei com um quentinho no coração a cada cena e com uma empolgação genuína que antecedia toda grande cena, uma obra tão a frente da sua época mas que ainda assim conta com atualizações!
Nunca havia acompanhado tanto os bastidores e é um enorme carinho que sinto do Neil, ao falar de sua criação, ao falar de como foi reproduzir diálogos das páginas da HQ para a Netlflix e ainda que não seja inédito, me atingiu como a primeira vez.
Se Pacificador e Desventuras tinham aberturas impulaveis, os créditos de Sandman são tão bons que é ofensivo que a Netflix dê a opção de pular.
Meus olhos brilharam a cada episodio, e era um misto de quero ver logo tudo e quero que demore a acabar.
Acredito que há melhores conteúdos para divulgar a série mas no meu humilde papel, gostaria de indicar sem medo no coração, como eu fiz com Arcane, como eu faço com o Guia e Desventuras, é uma experiência que vai desde Willian Shakespeare a vilões da Liga da Justiça, passando por Constantine!
Tanto os livros quanto a série são um porta de entrada para um mundo que até então só existia no Sonhar!
quinta-feira, 4 de agosto de 2022
A conquista do espaço só vem depois da conquista do espelho
Já chegando ao fim de um dia de muito trabalho dei play em Lightyear, que estreava no Disney Plus e não tive a oportunidade de assistir no cinema, é preciso se destacar que há muitos fatores para tornar um filme bom ou ruim, alguns depende somente dele, outros são externos, por exemplo, ele pode ter um bom roteiro, fotografia e montagem, mas conta muito se a gente está vendo com alguém especial ou se estamos muito cansados, no fim, avaliamos mais que o filme, a experiência.
A minha experiência quase foi ruim e por um instante cheguei a me questionar se a Pixar finalmente havia errado, ao chegar a conclusão que não, resolvi escrever sobre. Os olhos pesados atrapalharam o filme no inicio, quando estava preocupado se eu conseguiria distinguir a voz de Marcos Mion após uma pequena polemica ao mudar o dublador do boneco que me acompanha a vida toda, pois o filme é datado no ano do meu nascimento, mas justamente por agora contar a historia do patrulheiro e não do boneco houve a mudança, não me tirou da imersão, segui, ouvindo mas o que você quer me contar?
Há fatores que são externos mas como um quebra cabeça tudo se encaixa o filme dá continuidade a uma conversa sobre zona de conforto que tive no dia anterior e ao flertar com Interestelar mostra que há dois caminhos e cada um dos personagem escolhe um, enquanto Alisha forma uma família, uma vida e cria raízes em um planeta que ela não escolheu mas se adaptou, Buzz perde os anos como se fosse minutos em sua missão de conseguir resgatar a todos, a garganta aperta pela primeira vez ao mostrar que sua fiel amiga se foi num piscar de olhos, na vida, dificilmente lidamos com o dilatamento do tempo espaço, então se algo se foi em um piscar de olhos, muito provavelmente estávamos olhando para outro lugar.
Pausei o filme, dormi e em um novo dia vieram as novas reflexões.
Uma vida depois e Buzz ainda tinha lições a aprender, se a priori ele negava qualquer novo recruta por não ter a mesma sintonia que ele tinha com sua fiel parceira, ele foi apresentado a uma nova equipe que longe dos padrões da academia buscava somar a sua maneira, Izzy, tem um grande talento de tirar da sua equipe o que ela tem de melhor. Há aquelas frases marcantes, para mim, "Você não precisa salvar a gente, precisar de juntar a gente" em determinado momento que o coletivo iria se sobrepor a habilidade individual. Para quem tiver a referencia existe um "Meteu essa" que com certeza foi apontado numa sala de cinema, como sempre referencias são um bônus que recompensa quem as conhece mas não pode deixar perdido quem estar por fora.
O filme faz uma analogia simples, como se come sanduiche, pão carne pão, certo? Ao quebrar o status cor , e sugerir carne pão carne, trás uma serie de argumentos justificando a escolha e questiona se antes a formula era reproduzida por ser melhor ou apenas por ser sempre assim.
Outra referencia valiosa é quando o "vilão'' confronta o Buzz, ele pensa que esse é seu pai, fazendo uma referencia ao filme ou a série animada? Eu não tenho certeza, mas havia a brincadeira com Darth Vader que seria o pai do herói, o famoso, Luke, eu sou seu pai.
Outra cena que pode ter um destaque mais individual é quando Izzy que a pouco havia confortado Mo dizendo que um erro é apenas um erro, se mostra arrasada e quando lembrada dos próprios conselhos admite que é diferente em suas palavras, "agora é comigo'' de fato, cada dor é muito particular e só acabamos entendendo a amplitude passando pela mesma situação, se a gente for para o significado da palavra empatia, vamos entender o que é se colocar no lugar do outro, não é da nossa opinião mas sim, tentar partilhar aquele sentimento que muitas vezes para fazer sentido, temos de sair do nosso lugar e muitas vezes, da nossa realidade.
As vezes o sucesso da missão é formar uma família, outras vezes é se sacrificar e conquistar uma campeonato, há subjetividade e o caminho se faz andando. Não há mapa para a felicidade.
Talvez assim como Buzz, eu tenha esse habito fazer registros que ninguém vai ouvir, mas isso ajuda a gente pensar, faz parte, gosto das simetrias, da Izzy ensinando o que acabou de aprender, "vai aprender na marra" e me senti recompensando pela caneta ter sua utilidade.
Por fim, é sempre bom ver representatividade até ela ser tão comum que vamos deixar de comentar ^^
Luan Gabriel 04/08/22
sexta-feira, 15 de julho de 2022
VAR review
quarta-feira, 15 de junho de 2022
Volta ao mundo em 12 dias
Pausei o episodio de Mr.Marvel, série disponível no Disney Plus, com a perna por alto e com uma bolsa de gelo pois hoje bati o recorde de menor tempo ao descer uma escada, infelizmente a velocidade gera alguns machucados pois desci na horizontal ao invés de vertical tradicional, claro que por acidente.
Com a mobilidade limitada, fiquei pensando em como os últimos dias foram uma longa viagem, não tenho a viagem ao mundo de Julio Verne, optei por 20 Mil léguas submarinas pois acredito que o fundo do mar esconda muitas belezas mas ainda está na lista de leituras, e não só leituras mas diferentes mídias me apresentaram muito do mundo ultimamente, começando com Red: Crescer é uma fera que retrata uma criança de origem Chinesa e que está crescendo e tem como grande desafio ir a um show de sua boy band favorita, enquanto a mãe é super protetora, há e claro, vira uma panda vermelho gigante, é um enredo parecido com Mr. Marvel apesar de ser tudo diferente tendo em vista que é sob a percepção de uma jovem paquistanesa, as historias podem ter um enredo universal mas são essas sutilezas que fazem toda a diferença. Na minha ultima compra, numa mesma caixa da Amazon, havia um autor francês (Victor Hugo- Os Miseráveis), um russo (Leon Tolstói- Anna Karênina), um japonês (Inio Asano- Boa Noite Pun Pun) e uma brasileira (Bianca Pinheiro- Mônica Força).
Em um texto anterior eu falo do sentimento que foi ter visto a turma da Mônica em sua versão live action, cresci com os gibis, HQ vieram muito depois, e com o Mauricio de Souza emprestando seus personagens para a narrativa de boas historias é algo muito especial, (ele ter o nome do mesmo técnico do Vasco me dá um frio na barriga, pois havia outras opções, assunto para outra hora, voltando)
Mônica força e Boa Noite Pun Pun que é um mangá que apesar de ser lido de forma diferente dividiam um mesmo tema, uma criança presenciando os pais brigarem, Boa Noite Pun Pun, se aprofunda em outros temas também, como a descoberta do amor, da sexualidade, mas mesmo no que é semelhante é completamente diferente, o Japões talvez por ser contido dá explosões de humor bem expressivo, diferente do humor sarcástico e inglês do guia do mochileiro, ainda estou no inicio da Anna e falta reler os miseráveis, que é uma obra bem mais católica do que espero do autor russo, citado no filme do Charlie Brown que assistia enquanto jogava uma partida lol com um personagem chamado Nautilus inspirado em 20 mil léguas submarinas, e de volta ao inicio, é magico tanto quanto mas de forma diferente de Harry Potter, aprender e conhecer as diferentes culturas que não se precisa ir numa galáxia muito, muito distante para conhecer, é mágico como os livros diminuem as distancias e como é bom ter na tv obras plurais, ainda assim é bom fazer a viagem temporal e ver Leia criança, uma brasileira comandando o universo magico, claro que faltam muitos exemplos e que bom, mas são isso, só exemplos, e a semente para você com suas referencias fazer os paralelos.
PS; Posso citar o filme Emergência disponível na Amazon prime, onde mostra a violência ou o medo da violência policial sob a perspectiva de 2 jovens negros que sabem que ser inocente não basta, é preciso parecer inocente.
E Encanto, tive contato a um pouco mais de tempo mas é igualmente relevante.
terça-feira, 31 de maio de 2022
Cuidado com o spoiler
É extraordinário pensar em como algumas historias se entrelaçam com a nossa! Nessa ultima semana 3 grande sagas estiveram presentes.
Assisti o fim do desfecho de Harry Potter sem Harry Potter e apesar das polemicas da autora, das criticas e da baixa bilheteria, é um universo que me tornou leitor, amo tanto os livros que mesmo com anos pedindo pra netflix colocar a saga, hoje com o acesso ao acervo, prefiro reler os livros e ficar com as memorias que eu imaginei. O universo bruxo sempre mostrou que a amizade é a magia mais poderosa, fico feliz de ter lido na infância.
Stranger Things, tem um valor ainda maior se você consegue ouvir a voz do Renanzinho te corrigindo, se te falta a referencia, tudo bem, ainda é excelente, eu e meu amigo Jr, entramos em consenso ao definir a primeira parte da quarta temporada citando Casemiro Miguel, ilustre vascaino, "Pica,ta" toda a ambientação nos anos 80, traz de volta as historias que crescemos assistindo na sessão da tarde quando a bicicleta nos levava para qualquer lugar, eu que tive a minha me identifico muito ao acreditar mais uma vez que a amizade é o suficiente para combater mal, amizade e a Eleven super mega power. Tem terror, tem um roteiro fechadinho onde o inicio e o fim conversam, a ultima vez que senti algo do tipo foi em A maldição da Residência Hill, apesar de episódios longos, a sensação é que o muito ainda é pouco, queremos acompanhar um pouco mais dessa historia com as músicas que minha mãe me ensinou a amar.
Se chegamos ao fim de uma saga e ao meio de outra. Star Wars começa mais uma vez explorar o universo agora sobre a perspectiva de Obi Wan! De todas as historias que eu já tive contato é sem dúvidas os sabres de luz que mais tocam fundo meu coração, minha primeira lembrança é no nescau cereal vinha um card 3D que mudava o personagem dependendo do ângulo! Assisti pela primeira vez sem entender na band e foi indo ao cinema ver o episodio III que me apaixonei, star wars tem sem dúvidas a fan base mais chata e sei que muitos desprezam a trilogia prequel mas foi onde fui introduzido ao universo e entendo Anakin que abriu mão de tudo tentando salvar sua amada, matou crianças e deu luz ao império sombrio mas com uma boa intenção, ser tristeza que mata Padmé é poético e triste, podemos citar Édipo, na tentativa de evitar seu destino ir até ele.
O episodio 7 foi o primeiro que vi no cinepolis que prometia trazer essa nova tecnologia a Teresina, tenho o balde do BB8 do episodio 8, que levou meu ultimo centavo da carteira, e o poster do Episodio 9 que esta na minha parede mas apesar de tudo isso sei que a trilogia foi bem abaixo do que poderia ser, Rey merecia mais.
Apesar das inúmeras criticas, torço para que dê certo, mas lembrando que sou aquele que tenta defender o final de Game of Thrones mas também não me conformo de Jon Snow ter saido vivo após trair sua rainha.
Baby Yoda foi meu primeiro funko e foi um dos maiores acertos depois de tantos erros, Boba Fett foi a primeira série que eu não consegui assistir mas Obi Wan em seu primeiro episodio já entregou o que precisávamos, Leia crescendo com a personalidade de Lyanna Mormont, personalidade de Leia Organa.
Star Wars está longe de ser a melhor obra já produzida mas sem dúvidas achou os caminhos do hiperespaço para ir fundo nos corações, que venham tempos de luz!
Luan
sábado, 28 de maio de 2022
Patrono
Hoje é um tema que é preciso cuidado para tocar, há um texto que expressa como decisões tem grandes desdobramentos, eu poderia ter iniciado um canal de youtube na época que fiz o blog, não previ que com a introdução de uma internet de maior velocidade o vídeo iria ser compartilhado com maior frequência do que o texto mas se eu pudesse fazer tudo diferente, eu faria tudo igual, apesar de áudios longos serem uma marca, gosto do esforço necessário para condensar isso em um texto, filtrar, lapidar, sem falar que é bem mais difícil para mim, editar o som de um podcast do que escrever.
Com tudo, um desenhista pode vender suas ilustrações, um pintor seus quadros e um cantor venderia seus CDs se fosse uns 20 anos atrás, mas ainda pode postar no youtube onde é monetizado ou abrir lives na twitch, eu não vejo quem compraria poemas soltos, e minha caligrafia não seria um diferencial tão grande para se comprar os manuscritos originais.
Quando o facebook era a bola da vez com todo meu senso de humor postei que "Decidi ficar rico e comecei a escrever poesia'' dinheiro e arte muitas vezes vão para caminhos opostos, não quero saber o que vende mais, me render a métrica ou falar dos assuntos mais comentados, é preciso abrir mão de muita coisa para preservar a originalidade, mas é preciso abrir mão de tudo?
Como tudo na vida, gostaríamos de viver daquilo que amamos e investir nas paixões, o primeiro passo para escrever é ler e livros tem ocupado um grande espaço do meu orçamento. Vejo algumas alternativas, e vou descartando, eu detesto os anúncios no youtube e acho que iria poluir visualmente o blog que é pensado nos detalhes, um clube vip? Eu acho que o acesso deve existir e ser ilimitado, por exemplo, há textos mais populares que são divulgados no instagram, há outros que são jogados ao acaso torcendo para chegar a quem precisa ou a quem se destina.
Pensando tem transformar o conteúdo em livro, precisaria de um ilustrador, enfim, vou deixar um pix para você investir e apoiar futuros textos, deixando claro que poderá continuar lendo de forma totalmente gratuita se preferir, aliás, falar sozinho não faz sentido, é quase loucura, então eu já agradeço pela companhia.
Pix: 06250552332
Luan!
domingo, 1 de maio de 2022
Turminha do Barulho
É uma lição sobre crescer e não necessariamente jogar as coisas foras mas muito de ressignificar sem esquecer. Deu um quentinho no coração.
Obras que são tão subjetivas, que necessitam tanto de um conhecimento prévio é complicado de indicar, correndo contra o tempo para apresentar tantos personagens, é preciso esta atento para notar as referencias, senti o mesmo a assistir Arcane.
Com tantos áudios/cartas muitas experiencias acabam não chegando ao blog, é preciso entender diferentes mídias, para juntar as peças do quebra cabeça, entender o porque não se come peixe, ou porque não frequenta determinada rua, é saber qual séria o presente perfeito.
Algumas obras demoram uma vida para ser feitas, isso não se apressa.
Luan
sexta-feira, 22 de abril de 2022
Resenhando
Dezembro 21
Raiz Forte - Lemony Snicket
O livro em si é dependente em certa medida do conhecimento prévio do universo de desventuras em série, não pelas informações ou personagens mas só para entender a escrita que por certos momentos parece aleatória ou resultado de um gerador de improbabilidade infinita mas encontra valor justamente por fugir do senso comum e dá conselhos ou refletir sobre o dia a dia como nas conversas que temos com os poucos e bons amigos de madrugada, quando parecemos achar parte da resposta sem ter certeza da pergunta.
Uma vez conhecendo o universo é bom visitá-lo de forma mais abstrata, onde a teoria sobre as coisas que podem da errado é menos doloroso que a narrativa da desventura em si.
O amargo é um sabor tão importante quanto do doce, pois somente podemos desfrutar de um conhecendo o outro, questão de perspectiva.
Somos o resultado dos livros que lemos, dos lugares que visitamos e das pessoas que amamos.
Cada distopia nos mostra um cenário tão cruel que é assustador quando notamos que não estamos tão distante dele.
Acredito que o livro passa muito pela ideia e olhar e não apenas ver as coisas ao nosso redor
E muito mais do que livros se trata de legado
Do que aprendemos e do que transmitirmos
Não dá para ler todos os livros do mundo, somos de modo geral uma playlist
E a força está no conjunto.
Outro ponto é que qualquer governo que prive a liberdade de locomoção ou de pensamento só consegue com cumplicidade da própria população ou pelo menos sua maioria
Uns mais iguais que os outros!
"É apenas uma Fábula" na capa me lembra o Guia do mochileiro das galáxias ao pedir para não entrar em Pânico!
De fato, colocando os personagens como animais é mais fácil de ver o óbvio e cada vez mais pensar numa utopia nós leva a uma distopia!
O poder corrompe?
A ideia de pós verdade, é algo assustador e reforça o papel do historiador em registrar até mesmo os erros para que não possam ser repetidos.
Chamar ditadura de revolução é te tentar mudar as regras do celeiro.
Vale ouvir a música ninguém é igual a ninguém dos engenheiros do Hawaii.
Apesar de O magico de Oz ser um daquelas historias que parecemos conhecer desde sempre.eu não tinha muitas recordações da historia, apenas a famosa frase, Não há lugar como o nosso lar e o inicio onde o furacão da origem a toda a jornada, lembro dos macacos alados de alguma animação que assisti, que eram assustadores com as flores de Alice no pais das maravilhas ( a animação original);
Justamente por desconhecer a jornada, o spoiler que ela voltaria para casa no fim batendo os sapatinhos de prata se torna menos relevantes, queria conhecer o como, e desde o inicio a historia trás o espantalho dando as ideias, o homem de lata tendo muita empatia e o Leão, que seria covarde mas esta sempre se arriscando pelos seus amigos, é uma analogia clara para a ideia de que o que procuramos esta dentro de nos o tempo todo.
Não lembrava que Oz era um charlatão, como é retratado no filme mais moderno, acreditei que era uma releitura na tentativa de tornar mais realista como tem sido a tendência das historias, ainda assim é um conto infantil com um bruxa má que é má simplesmente e tem medo do escuro e derrete com água e isso não e demérito algum, é uma historia que me surpreendeu e me deixou empolgado em vários momentos e tive o que buscava ao iniciar a leitura, uma visão mais profunda do universo que eu tinha de forma muito rasa no meu imaginário.
Alice, sem dúvidas é o livro que eu tenho mais versões, a animação me dava medo quando criança e acabou se tornando uma das minhas historias favoritas. Nessa continuação o surrealismo cresce de forma exponencial como as obras de Salvador Dali.
Apesar de fazer muitos anos que assisti a animação é inusitado descobrir que a cena do Jardim, dos gêmeos, corsa e o carpinteiro foram retiradas desse livro, é chegar a raiz da inspiração, há outras referencias não tão claras, será se a rainha branca influenciou Minority Report? Com seu conceito de pré crime?
O livro tem referencias vistas em Alice live action mas calma, não o que leva o mesmo titulo mas sim o primeiro, quando fala sobre o pensar em ao menos 6 coisas impossíveis antes mesmo do café da manhã.
É um livro que temos de estar atentos para acompanhar todas as reviravoltas, mudanças de cenários e questionamentos de coisas que parecem tão estabelecidas que não paramos mais para pensar assim como se a ausência de um nome nos deixaria livres de nossas obrigações ou faria a gente perder nossa identidade? É curioso como um poema é tão incompreensível que a própria Alice não entende!
ou como em determinado momento como um sonho ela aparece em um local sem saber como chegou!
Uma leitura divertida que instiga a imaginação.
quarta-feira, 20 de abril de 2022
Através dos números
mas antes de dormir lia Alice
terça-feira, 19 de abril de 2022
Sine qua non
Ainda mais doce que a pipoca do cinema (mas sem enjoar)
Ainda que seja único como uma digital
Analógico pois revelar as fotos para tornar as lembranças tangíveis ao toque
Tiro o relógio para não ver a hora passar
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Grand Line
Mas agora sei que a grande linha
Pois o maior tesouro
Deslumbrante
é a forma mais autentica, pois não esta vinculada a nada
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
Em breve
Tenho me sabotado, ainda que não de forma intencional, na ânsia de viver o eterno tenho enviado áudios longos que tento justificar com outro áudio, um efeito dominó, como tentar consertar aquela espinha que espremi e quando mais eu mexo pior fica. Apesar de reconhecer o erro, é difícil evitar, já não há tempo a perder, é aquele contra ataque onde o coração fica na ponta da chuteira mas a defesa exposta, é sempre tudo ou nada, uma grande aposta.
A verdade é que não sou tão bom quanto gostaria de ser, se há beleza na poesia, é total mérito da inspiração. Tento justificar que a intensidade é ao mesmo tempo uma qualidade e um defeito como eu li, mas as vezes é só ansiedade. Sigo sendo leal, é o que me resta.
Em breve, quero trazer dois poemas ANA!OGIA E ANTO!OGIA, são obras que venho lapidando a muito tempo e vão inaugura 2022 com mais otimismo! Nunca anunciei um poema com antecedência mas vai valer a pena.