sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Submerso

Submerso
Pois preciso ir fundo para expor meu verso 
e vou ficando ancorado,
não é problema se for ao seu lado.

O story é pouco para contar minha historia 
Sempre precisei de mais linhas 
Sigo na contra mão, contra a maré 
Acreditando em versos escritos a mão e caminhos trilhados a pé

Segui o conselho de Drummond e sigo vivo
Se para ele a segunda-feira é um mistério 
Para mim, é confirmação
Pois é em você que penso quando começa a primeira reunião

É combustível assim como sua boca de café
Que Buarque cantou e ignoro como ele a conheceu 
Penso em comentar com você a série que assisti domingo a noite
O áudio, vira podcast e devora a hora do almoço

Talvez, certamente, eu seja um livro denso 
E nas profundezas do mar há pouca luz 
É preciso paciência
Mais rara que o baú do tesouro      

Luan Gabriel


terça-feira, 16 de agosto de 2022

Bom Dia, Pun Pun

        Não há tempo hábil para se ler todos os livros, assistir todas as séries e filmes, ouvir todas as canções lançadas, ainda mais quando ainda repetimos aquele álbum de 1990, por isso somos grandes playlist, quando conhecemos algo bom, queremos partilhar com quem gostamos e a combinação de referencias é única, muitas vezes as obras dialogam por mero acaso. 

      Boa Noite, aprendi que quando se trata de internet, nunca se sabe o horário que o leitor vai acessar o blog ainda que ele faça mais sentido de madrugada, mas a saudação se refere ao meu primeiro Mangá, Boa Noite, Pun Pun, que com certeza colocou a régua de corte lá no alto, por ser um primor visualmente, um traço que consegue expor bem as emoções e muitos quadrinhos que poderiam virar um quadro na parede. Sua temática é densa ao abordar Pun Pun, descobrindo o que é o amor, a sexualidade ao mesmo tempo que presencia um caso de violência familiar, o pequeno jovem tão de poucas palavras acaba vivendo tempestades em seus pensamentos ao acreditar que o primeiro amor frustrado teria como consequência a morte. 

    Na sequencia, enquanto o volume dois ainda estava nos correios, eu li, Mônica: Força, onde os autores se utilizam dos personagens clássicos dá nossa infância para tocar em assuntos delicados, nesse caso, os pais que estão na eminencia de um divorcio e a criança no meio de tal conflito. O mesmo tema mas com tons completamente diferentes, enquanto Mônica mostra sua força mental pois é um problema que não pode ser resolvido com coelhadas e consegue mostrar aos pais o que é muitas vezes esquecido, que é preciso trabalhar em conjunto para não gerar uma sobrecarga e tem um final otimista, Pun Pun, apenas se perde em seus pensamentos e imaginação e é trágico como só a realidade consegue ser. 

     Se você quiser parar se acompanhar o jovem Pun Pun no volume 1, não há problema, o final é digno de um fim de arco mas a historia continua e se expande, principalmente para seu tio que lida com uma culpa extrema e Pun Pun continua sendo bom com todos, menos consigo mesmo, e vai crescendo até chegar na adolescência quando perde parte de seu carisma por se rebelar e ser controlado pelos hormônios, Albert Camus fala sobre o suicídio ser a única questão filosófica verdadeira e a temática está muito presente na obra, é preciso estar bem para ler, pois de tanto se afogar nos próprios pensamentos, Pun Pun afasta as pessoas e continua (como todo adolescente) acreditando que um revés no amor significa a eterna solidão. 

     O volume 5, onde estou atualmente começa a se tornar aos meus olhos mais autobiográfico e chegou a mim no momento certo, pois Pun Pun, já não tão jovem assim começa a tentar dá vazão aos seus sentimentos pela escrita de um mangá, e admito que ao sentar para tentar redigir meu livro, o primeiro pensamento é que é grande demais, mas a gente não pode acreditar que é impossível sem tentar. No ultimo domingo fui visitar minha avô, após vários convites recusados de almoços de família que viram jantar, vi que é mais fácil notar o personagem se isolando do que nós mesmos, a leitura está em andamento, o livro está sendo escrito e continuo gostando de ficar no meu quarto mas ás vezes é bom não estar só. 

Luan 


   


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Então é dia 12.

   Essa é simbolicamente a postagem de número 500, marca que já havia sido superada mas em uma recente revisão, alguns textos datados foram convertidos em rascunhos, outros acabaram perdendo a relevância com o passar dos anos e foram excluídos, atenção em algumas coisas é desatenção a outras, 500 já é um número imenso e é importante destacar o que considero ser mais importante.  

   Desses 500, 41 são rascunhos, seja porque nunca ficaram prontos, ideias que estão sendo amadurecidas ou por apesar de prontos, me lembram algo mais são tão subjetivos que não faz sentido compartilhar. 

   Ao viajar pelo tempo, vejo um Luan de 2011 que escrevia sobre o Amor, com os olhos de um Luan de 2022 que ainda está aprendendo sobre o tema, ao mesmo tempo estou lendo Boa Noite Pun Pun e minha resenha do livro 3 destaca justamente isso, é uma fase que os problemas parecem bem maiores, o 'não' dá garota que gostamos parece significar o fim do mundo ou pelo menos uma vida de solidão, é preciso cair algumas vezes para perceber que não somos de vidro, alguns anos mais tarde uma frase que se repetiu foi, vida que segue, segue a canção.  

   Há alguns poemas que falam sobre as doses de vodca, admito que foram mais poemas escritos do que doses tomadas, foi uma fases bem breve mas que deixou suas marcas. O Luan de 2013 já sonhava em ter seus versos reunidos em um livro, estou trabalhando nesse momento por esse sonho, pois em 2023, vamos chegar a números interessantes, 12 anos de blog e espero que 40 mil visualizações, faltam pouco menos de 5 mil. 


  Como podemos observar, 2013 e 2014 foram os anos com maior volume de textos, fui refletir o porque disso, talvez muito tempo no ônibus enquanto ia para a UFPI, talvez exposto a muitas coisas novas ou talvez com o tempo acabei me tornando mais seletivo aos temas abordados por acreditar que ainda que não tudo, muito já havia sido dito. 
   O blog já não tem as visualizações que teve um dia e apesar de tentar migrar para o Instagram, é mais difícil do que parece, ainda assim seguimos, espero que em breve marcando os poemas em papel, a moda antiga mas que nunca sai de moda, quem me acompanhou até aqui, um muito obrigado.

Luan Gabriel


 

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Supercalifrangilisticoexpialidiso

  Estou encantado com o obra de Sandman e com a certeza que valeu todo o investimento tanto o financeiro quanto o de tempo! O maior vilão era, sem dúvida, uma expectativa altíssima e como é de esperar de uma obra prima, ela supera como uma atleta olímpico de salto com vara, ignorando a barra lá no alto e indo além.  

   Ao ler, os quadrinhos, de forma quase ritualística, sempre antes de dormir para me conectar ao máximo com o sonhar, pude me maravilhar de como a historia era contada sem pressa, destacando a passagem de tempo, se aprofundando nos personagens e nos levando a profundas reflexões, muito a frente de sua época, é quase atemporal.

  Os anos em cativeiro, a lenda de Nada e como a tribo passava de geração em geração, os ensinamentos de sua irmã morte, uma batalha contra um Duque no inferno, um historia de terror, é difícil resumir, felizmente não é preciso.

  Pessoas mais próximas ouviram a exaustão curiosidades como: 

   Os sete perpétuos começam com a letra D. Desespero, Destruição, Destino, Delírio, Desejo, Morte e Sonho, (Death and Dream), acho que desde Desventuras e seus trocadilhos eu não tinha tanta vontade de aprender inglês e conhecer a versão primordial, estou estudando.  

  A adaptação foi perfeita, pois tudo que eu sentia ao assistir era a felicidade de rever momentos épicos na mídia audiovisual e eu entendi as mudanças feitas, sem esquecer que é uma adaptação para outro formato fiquei com um quentinho no coração a cada cena e com uma empolgação genuína que antecedia toda grande cena, uma obra tão a frente da sua época mas que ainda assim conta com atualizações! 

  Nunca havia acompanhado tanto os bastidores e é um enorme carinho que sinto do Neil, ao falar de sua criação, ao falar de como foi reproduzir diálogos das páginas da HQ para a Netlflix e ainda que não seja inédito, me atingiu como a primeira vez.  

 Se Pacificador e Desventuras tinham aberturas impulaveis, os créditos de Sandman são tão bons que é ofensivo que a Netflix dê a opção de pular.

 Meus olhos brilharam a cada episodio, e era um misto de quero ver logo tudo e quero que demore a acabar. 

 Acredito que há melhores conteúdos para divulgar a série mas no meu humilde papel, gostaria de indicar sem medo no coração, como eu fiz com Arcane, como eu faço com o Guia e Desventuras, é uma experiência que vai desde Willian Shakespeare a vilões da Liga da Justiça, passando por Constantine! 

Tanto os livros quanto a série são um porta de entrada para um mundo que até então só existia no Sonhar! 


Luan Gabriel 8/8

 

  

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

A conquista do espaço só vem depois da conquista do espelho

   Já chegando ao fim de um dia de muito trabalho dei play em Lightyear, que estreava no Disney Plus e não tive a oportunidade de assistir no cinema, é preciso se destacar que há muitos fatores para tornar um filme bom ou ruim, alguns depende somente dele, outros são externos, por exemplo, ele pode ter um bom roteiro, fotografia e montagem, mas conta muito se a gente está vendo com alguém especial ou se estamos muito cansados, no fim, avaliamos mais que o filme, a experiência.

   A minha experiência quase foi ruim e por um instante cheguei a me questionar se a Pixar finalmente havia errado, ao chegar a conclusão que não, resolvi escrever sobre. Os olhos pesados atrapalharam o filme no inicio, quando estava preocupado se eu conseguiria distinguir a voz de Marcos Mion após uma pequena polemica ao mudar o dublador do boneco que me acompanha a vida toda, pois o filme é datado no ano do meu nascimento, mas justamente por agora contar a historia do patrulheiro e não do boneco houve a mudança, não me tirou da imersão, segui, ouvindo mas o que você quer me contar?

  Há fatores que são externos mas como um quebra cabeça tudo se encaixa o filme dá continuidade a uma conversa sobre zona de conforto que tive no dia anterior e ao flertar com Interestelar mostra que há dois caminhos e cada um dos personagem escolhe um, enquanto Alisha forma uma família, uma vida e cria raízes em um planeta que ela não escolheu mas se adaptou, Buzz perde os anos como se fosse minutos em sua missão de conseguir resgatar a todos, a garganta aperta pela primeira vez ao mostrar que sua fiel amiga se foi num piscar de olhos, na vida, dificilmente lidamos com o dilatamento do tempo espaço, então se algo se foi em um piscar de olhos, muito provavelmente estávamos olhando para outro lugar. 

  Pausei o filme, dormi e em um novo dia vieram as novas reflexões.

  Uma vida depois e Buzz ainda tinha lições a aprender, se a priori ele negava qualquer novo recruta por não ter a mesma sintonia que ele tinha com sua fiel parceira, ele foi apresentado a uma nova equipe que longe dos padrões da academia buscava somar a sua maneira, Izzy, tem um grande talento de tirar da sua equipe o que ela tem de melhor. Há aquelas frases marcantes, para mim, "Você não precisa salvar a gente, precisar de juntar a gente" em determinado momento que o coletivo iria se sobrepor a habilidade individual. Para quem tiver a referencia existe um "Meteu essa" que com certeza foi apontado numa sala de cinema, como sempre referencias são um bônus que recompensa quem as conhece mas não pode deixar perdido quem estar por fora. 

  O filme faz uma analogia simples, como se come sanduiche, pão carne pão, certo? Ao quebrar o status cor , e sugerir carne pão carne, trás uma serie de argumentos justificando a escolha e questiona se antes a formula era reproduzida por ser melhor ou apenas por ser sempre assim. 

   Outra referencia valiosa é quando o "vilão'' confronta o Buzz, ele pensa que esse é seu pai, fazendo uma referencia ao filme ou a série animada? Eu não tenho certeza, mas havia a brincadeira com Darth Vader que seria o pai do herói, o famoso, Luke, eu sou seu pai.  

  Outra cena que pode ter um destaque mais individual é quando Izzy que a pouco havia confortado Mo dizendo que um erro é apenas um erro, se mostra arrasada e quando lembrada dos próprios conselhos admite que é diferente em suas palavras, "agora é comigo'' de fato, cada dor é muito particular e só acabamos entendendo a amplitude passando pela mesma situação, se a gente for para o significado da palavra empatia, vamos entender o que é se colocar no lugar do outro, não é da nossa opinião mas sim, tentar partilhar aquele sentimento que muitas vezes para fazer sentido, temos de sair do nosso lugar e muitas vezes, da nossa realidade. 


Falando de experiências a diferença do Buzz do futuro e o que é apresentado como protagonista é o contado com Izzy e sua turma, tal relação foi o suficiente para fazer que a sua ideia de sucesso mudasse, e nem me aprofundei na Izzy que enfrentou seu medo de ir ao espaço, vou me contentar em citar Coraline, "Porque - ela disse- quando você tem medo e faz mesmo assim, isso é coragem"
 

 As vezes o sucesso da missão é formar uma família, outras vezes é se sacrificar e conquistar uma campeonato, há subjetividade e o caminho se faz andando. Não há mapa para a felicidade.

  Talvez assim como Buzz, eu tenha esse habito fazer registros que ninguém vai ouvir, mas isso ajuda a gente pensar, faz parte, gosto das simetrias, da Izzy ensinando o que acabou de aprender, "vai aprender na marra" e me senti recompensando pela caneta ter sua utilidade.

Por fim, é sempre bom ver representatividade até ela ser tão comum que vamos deixar de comentar ^^ 


Luan Gabriel 04/08/22 

sexta-feira, 15 de julho de 2022

VAR review

      É de fato muito interessante como as coisas nos marcam, eu tenho uma teoria que posso desenvolver em outro momento que talvez os dias que a gente recorde da infância como uma ideia de padrão podem ter sido dias atípicos, enfim, papo para outra hora, um dia que eu lembro com uma clareza solar foi por volta dos meus 10 anos, quando em uma aula de inglês alguns amigos estavam comentando sobre um grande filme de terror, Resident Evil 2: Apocalipse, na época eu não havia assistido nem mesmo o primeiro mas claro que coloquei na lista dos filmes para pegar na locadora, denunciei a idade? E sim, era possível assistir filmes de terror acima da faixa recomendada, reunimos os amigos para assistir o exorcista, o chamado mas com a galera o terror acabava se dissipando na tentativa de gerar sustos, sempre com alguém indo pro banheiro escondido e ligando pro telefone da casa para falar o clássico " Sete dias'', uma vez, assisti na casa do meu amigo Premonição e voltei para casa andando a noite, pensando que uma folha de arvore conseguiria me matar.  
Apesar de não ter me causado pesadelos como a primeira cena de Madrugada dos mortos, os dois primeiros filmes são excelentes e vivi toda as especulações sobre como seriam os novos zumbis e como as mutações iriam gerar novos desafios, a verdade é que o 3 já é frustrante, um pausa eu lembro claramente de um aniversario onde conheci Alice, talvez minha primeira paixão, uma garota extremamente doce e bem agiu no policia em ladrão, a conheci no seu ultimo dia da cidade mas ela tem o nome da protagonista de um mundo maravilhoso e desse mundo repleto de mortos-vivos ou não?
    Recentemente saiu na HBO max o filme de 2021 Resident Evil: Bem vindos a Raccoon City, que por coincidência ou não, é o titulo da série(com a adição sutil de um nova) que foi disponibilizada recentemente na Netflix, a diferença consiste bem mais na qualidade, enquanto o filme foi abandonado na metade, assim como o filme que iniciei antes dele, Morbius, a série trás um ar novo a como adaptar o famoso jogo. Curioso também é como após abandonar esses dois filmes com status de grandes sucesso, achei na Amazon prime, Um lobo entre nós, também adaptação de um game, com bem menos repercussão mas como diria minha amiga Andressa, não prometeu nada e entregou tudo, cá estou no fim do primeiro episodio da série, Resisdent Evil e boas noticias, assistirei o segundo.  

 Falando na Andressa, eu vou repercutir os acontecimentos da ultima quinta, quando pela copa do Brasil, São Paulo e Palmeiras se enfrentaram 

  Sou vascaíno, não que seja surpresa para quem acompanha o blog a mais de dois dias, e o Vasco está a dois anos na série B, vivendo um limbo e seu universo particular, situação que pode ser vista de varias formas, uma dela é que ele está longe dos holofotes e não tem almejado grandes títulos mas em uma visão mais otimista, é uma das etapas de sua reconstrução, quando sem motivos para tal, sem grande atuações ou final, o Maracanã se torna pequeno para uma torcida que canta e se retroalimenta, sendo ao mesmo tempo combustível, catalizador e chama, com a perspectiva de ser vendido a gente torce para que entre nos cofres o valor que sempre esteve presente nas arquibancadas, e principalmente que ele seja administrado.
   Já fui bem mais apaixonado por futebol, ao ponto de assistir Criciúma e Juventude sub 20 durante a adolescência, mas algumas coisas me frustraram e muito mais doloroso que qualquer rebaixamento foram os dois pênaltis não marcados contra o Flamengo no Brasileirão de 2011 quando o Vasco lutava pelo titulo ou a bola que entrou e um arbitro a dois metros, colocado ali para ver isso, falhou em sua única missão, gerando esse sentimento que pior do que perder, é perder por algo que foge seu esforço.
Um balde de água fria, me distanciei um tanto do esporte e comecei a acompanhar o futebol americano que por sua vez já contava com a tecnologia para ajudar em lances cruciais, se pisou fora ou dentro ou se tinha o controle da bola por exemplo. Hoje continuo acompanhando o Vasco, mas qualquer outro jogo me parece um tanto tedioso ainda assim dei uma chance ao jogo transmitido pelo Casemiro e Thiago pela amazon, o palmeiras tinha de reverter um resultado e como um roteiro de filme logo no inicio dois gols (Será se inspiraram no Vasco de 2000), dois a zero e tiveram um pênalti a favor, era só matar o jogo, comemorar e assistir todos os noticiários mas ... ao chutar para fora, e mantendo o jogo vivo deram chance ao azar, mas antes fosse azar, com um lance duvidoso na área, o VAR é chamado, hoje temos tecnologia no futebol também, porém, entretanto, toda via, existe algo que se chama compensação, talvez faça sentido pra alguns, se marquei pênalti lá, vou inventar um aqui também, e ao ver o absurdo do erro pautado na tecnologia há somente duas hipóteses, incompetência ou má fé, as duas deixam um gosto amargo, nos pênaltis o palmeiras foi eliminado, infelizmente nem tudo que o Vasco de 2000 tinha para ensinar era positivo mas isso só fiquei sabendo no dia seguinte, dormi antes do jogo terminar. Como sempre, não se pensa no dia de amanha e a voz de quem é prejudicado por um erro acaba sendo abafada por quem teve a gloria, justa ou não, o pior é pensar que pode se inverter e assim, a vitória fica com o sentimento de injustiça, hoje erra contra, amanha a favor, muitas vezes mais a favor de uns do que de outros. Mãe alerta que estava tendo muita aposta e diz que já sabia que algo assim poderia acontecer, não se se eu acredito, pra ser sincero, acreditar no Vasco requer muito da minha fé. 







16/07/22 Luan    




quarta-feira, 15 de junho de 2022

Volta ao mundo em 12 dias

   Pausei o episodio de Mr.Marvel, série disponível no Disney Plus, com a perna por alto e com uma bolsa de gelo pois hoje bati o recorde de menor tempo ao descer uma escada, infelizmente a velocidade gera alguns machucados pois desci na horizontal ao invés de vertical tradicional, claro que por acidente.

   Com a mobilidade limitada, fiquei pensando em como os últimos dias foram uma longa viagem, não tenho a viagem ao mundo de Julio Verne, optei por 20 Mil léguas submarinas pois acredito que o fundo do mar esconda muitas belezas mas ainda está na lista de leituras, e não só leituras mas diferentes mídias me apresentaram muito do mundo ultimamente, começando com Red: Crescer é uma fera que retrata uma criança de origem Chinesa e que está crescendo e tem como grande desafio ir a um show de sua boy band favorita, enquanto a mãe é super protetora, há e claro, vira uma panda vermelho gigante, é um enredo parecido com Mr. Marvel apesar de ser tudo diferente tendo em vista que é sob a percepção de uma jovem paquistanesa, as historias podem ter um enredo universal mas são essas sutilezas que fazem toda a diferença. Na minha ultima compra, numa mesma caixa da Amazon, havia um autor francês (Victor Hugo- Os Miseráveis), um russo (Leon Tolstói- Anna Karênina), um japonês (Inio Asano- Boa Noite Pun Pun) e uma brasileira (Bianca Pinheiro- Mônica Força).

   Em um texto anterior eu falo do sentimento que foi ter visto a turma da Mônica em sua versão live action, cresci com os gibis, HQ vieram muito depois, e com o Mauricio de Souza emprestando seus personagens para a narrativa de boas historias é algo muito especial, (ele ter o nome do mesmo técnico do Vasco me dá um frio na barriga, pois havia outras opções, assunto para outra hora, voltando) 

   Mônica força e Boa Noite Pun Pun que é um mangá que apesar de ser lido de forma diferente dividiam um mesmo tema, uma criança presenciando os pais brigarem, Boa Noite Pun Pun, se aprofunda em outros temas também, como a descoberta do amor, da sexualidade, mas mesmo no que é semelhante é completamente diferente, o Japões talvez por ser contido dá explosões de humor bem expressivo, diferente do humor sarcástico e inglês do guia do mochileiro, ainda estou no inicio da Anna e falta reler os miseráveis, que é uma obra bem mais católica do que espero do autor russo, citado no filme do Charlie Brown que assistia enquanto jogava uma partida lol com um personagem chamado Nautilus inspirado em 20 mil léguas submarinas, e de volta ao inicio, é magico tanto quanto mas de forma diferente de Harry Potter, aprender e conhecer as diferentes culturas que não se precisa ir numa galáxia muito, muito distante para conhecer, é mágico como os livros diminuem as distancias e como é bom ter na tv obras plurais, ainda assim é bom fazer a viagem temporal e ver Leia criança, uma brasileira comandando o universo magico, claro que faltam muitos exemplos e que bom, mas são isso, só exemplos, e a semente para você com suas referencias fazer os paralelos.  



PS; Posso citar o filme Emergência disponível na Amazon prime, onde mostra a violência ou o medo da violência policial sob a perspectiva de 2 jovens negros que sabem que ser inocente não basta, é preciso parecer inocente. 

E Encanto, tive contato a um pouco mais de tempo mas é igualmente relevante. 

terça-feira, 31 de maio de 2022

Cuidado com o spoiler

   É extraordinário pensar em como algumas historias se entrelaçam com a nossa! Nessa ultima semana 3 grande sagas estiveram presentes.

    Assisti o fim do desfecho de Harry Potter sem Harry Potter e apesar das polemicas da autora, das criticas e da baixa bilheteria, é um universo que me tornou leitor, amo tanto os livros que mesmo com anos pedindo pra netflix colocar a saga, hoje com o acesso ao acervo, prefiro reler os livros e ficar com as memorias que eu imaginei. O universo bruxo sempre mostrou que a amizade é a magia mais poderosa, fico feliz de ter lido na infância.

    Stranger Things, tem um valor ainda maior se você consegue ouvir a voz do Renanzinho te corrigindo, se te falta a referencia, tudo bem, ainda é excelente, eu e meu amigo Jr, entramos em consenso ao definir a primeira parte da quarta temporada citando Casemiro Miguel, ilustre vascaino, "Pica,ta" toda a ambientação nos anos 80, traz de volta as historias que crescemos assistindo na sessão da tarde quando a bicicleta nos levava para qualquer lugar, eu que tive a minha me identifico muito ao acreditar mais uma vez que a amizade é o suficiente para combater mal, amizade e a Eleven super mega power. Tem terror, tem um roteiro fechadinho onde o inicio e o fim conversam, a ultima vez que senti algo do tipo foi em A maldição da Residência Hill, apesar de episódios longos, a sensação é que o muito ainda é pouco, queremos acompanhar um pouco mais dessa historia com as músicas que minha mãe me ensinou a amar.

   Se chegamos ao fim de uma saga e ao meio de outra. Star Wars começa mais uma vez explorar o universo agora sobre a perspectiva de Obi Wan! De todas as historias que eu já tive contato é sem dúvidas os sabres de luz que mais tocam fundo meu coração, minha primeira lembrança é no nescau cereal vinha um card 3D que mudava o personagem dependendo do ângulo! Assisti pela primeira vez sem entender na band e foi indo ao cinema ver o episodio III que me apaixonei, star wars tem sem dúvidas a fan base mais chata e sei que muitos desprezam a trilogia  prequel mas foi onde fui introduzido ao universo e entendo Anakin que abriu mão de tudo tentando salvar sua amada, matou crianças e deu luz ao império sombrio mas com uma boa intenção, ser tristeza que mata Padmé é poético e triste, podemos citar Édipo, na tentativa de evitar seu destino ir até ele.

    O episodio 7 foi o primeiro que vi no cinepolis que prometia trazer essa nova tecnologia a Teresina, tenho o balde do BB8 do episodio 8, que levou meu ultimo centavo da carteira, e o poster do Episodio 9 que esta na minha parede mas apesar de tudo isso sei que a trilogia foi bem abaixo do que poderia ser, Rey merecia mais.

    Apesar das inúmeras criticas, torço para que dê certo, mas lembrando que sou aquele que tenta defender o final de Game of Thrones mas também não me conformo de Jon Snow ter saido vivo após trair sua rainha. 

     Baby Yoda foi meu primeiro funko e foi um dos maiores acertos depois de tantos erros, Boba Fett foi a primeira série que eu não consegui assistir mas Obi Wan em seu primeiro episodio já entregou o que precisávamos, Leia crescendo com a personalidade de Lyanna Mormont, personalidade de Leia Organa. 

    Star Wars está longe de ser a melhor obra já produzida mas sem dúvidas achou os caminhos do hiperespaço para ir fundo nos corações, que venham tempos de luz! 



Luan    

sábado, 28 de maio de 2022

Patrono

      Hoje é um tema que é preciso cuidado para tocar, há um texto que expressa como decisões tem grandes desdobramentos, eu poderia ter iniciado um canal de youtube na época que fiz o blog, não previ que com a introdução de uma internet de maior velocidade o vídeo iria ser compartilhado com maior frequência do que o texto mas se eu pudesse fazer tudo diferente, eu faria tudo igual, apesar de áudios longos serem uma marca, gosto do esforço necessário para condensar isso em um texto, filtrar, lapidar, sem falar que é bem mais difícil para mim, editar o som de um podcast do que escrever.

   Com tudo, um desenhista pode vender suas ilustrações, um pintor seus quadros e um cantor venderia seus CDs se fosse uns 20 anos atrás, mas ainda pode postar no youtube onde é monetizado ou abrir lives na twitch, eu não vejo quem compraria poemas soltos, e minha caligrafia não seria um diferencial tão grande para se comprar os manuscritos originais. 

   Quando o facebook era a bola da vez com todo meu senso de humor postei que "Decidi ficar rico e comecei a escrever poesia'' dinheiro e arte muitas vezes vão para caminhos opostos, não quero saber o que vende mais, me render a métrica ou falar dos assuntos mais comentados, é preciso abrir mão de muita coisa para preservar a originalidade, mas é preciso abrir mão de tudo? 

   Como tudo na vida, gostaríamos de viver daquilo que amamos e investir nas paixões, o primeiro passo para escrever é ler e livros tem ocupado um grande espaço do meu orçamento. Vejo algumas alternativas, e vou descartando, eu detesto os anúncios no youtube e acho que iria poluir visualmente o blog que é pensado nos detalhes, um clube vip? Eu acho que o acesso deve existir e ser ilimitado, por exemplo, há textos mais populares que são divulgados no instagram, há outros que são jogados ao acaso torcendo para chegar a quem precisa ou a quem se destina. 

     Pensando tem transformar o conteúdo em livro, precisaria de um ilustrador, enfim, vou deixar um pix para você investir e apoiar futuros textos, deixando claro que poderá continuar lendo de forma totalmente gratuita se preferir, aliás, falar sozinho não faz sentido, é quase loucura, então eu já agradeço pela companhia. 


Pix: 06250552332

Luan!

domingo, 1 de maio de 2022

Turminha do Barulho

   Marvel e DC hoje são referencia nas grandes obras que chegam as telonas do cinemas do Mundo inteiro, trazendo aqueles personagens que crescemos lendo nos quadrinhos e assistindo nas animações, para ser sincero, li poucas revistas em quadrinhos de super-herói quando criança, na biblioteca tinha uma gibi-teca mas na banca de revista eu ganhava mesmo era Turma da Mônica e hoje assistindo Turma da Mônica- Lições, tive esse sentimento, muito do valor do filme está em seu valor nostálgico, quem assiste sem ter anos de leitura e convivência com esses personagens talvez não entenda o peso do cascão tocar em água por seus amigos. A verdade é que tudo é construção, claro que como romântico acredito em amor a primeira vista, mas acredito muito mais na construção, de pequenos carinhos, da confiança que é construída somente com uma matéria prima, a verdade, nas pequenas e grandes coisas.

   É uma lição sobre crescer e não necessariamente jogar as coisas foras mas muito de ressignificar sem esquecer. Deu um quentinho no coração.

   Obras que são tão subjetivas, que necessitam tanto de um conhecimento prévio é complicado de indicar, correndo contra o tempo para apresentar tantos personagens, é preciso esta atento para notar as referencias, senti o mesmo a assistir Arcane.

Com tantos áudios/cartas muitas experiencias acabam não chegando ao blog, é preciso entender diferentes mídias, para juntar as peças do quebra cabeça, entender o porque não se come peixe, ou porque não frequenta determinada rua, é saber qual séria o presente perfeito.




Algumas obras demoram uma vida para ser feitas, isso não se apressa.








Luan

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Resenhando

   Estava assistindo "O Sexto Sentido" quando me veio a vontade de escrever sobre, logo desisti da ideia, acho que quanto menos soubemos antes de assistir maior vai ser a experiência, filme costumam ser mais céleres e mesmo os mais marcantes podem ser ofuscados por outros filmes vistos no mesmo dia. mas não é só o fator tempo, demoramos tanto para ver uma série quanto para ler um livro ainda assim, o livro por requerer a atenção exclusiva se torna uma experiência mais intensa, vou dividir algumas resenhas que escrevi em livros que fiz esse ano, no fim a lista das principais séries, listar filmes é mais difícil, um dia me arrisco.



Dezembro 21

Raiz Forte - Lemony Snicket

Velho amigo!

O livro em si é dependente em certa medida do conhecimento prévio do universo de desventuras em série, não pelas informações ou personagens mas só para entender a escrita que por certos momentos parece aleatória ou resultado de um gerador de improbabilidade infinita mas encontra valor justamente por fugir do senso comum e dá conselhos ou refletir sobre o dia a dia como nas conversas que temos com os poucos e bons amigos de madrugada, quando parecemos achar parte da resposta sem ter certeza da pergunta.

Uma vez conhecendo o universo é bom visitá-lo de forma mais abstrata, onde a teoria sobre as coisas que podem da errado é menos doloroso que a narrativa da desventura em si.

O amargo é um sabor tão importante quanto do doce, pois somente podemos desfrutar de um conhecendo o outro, questão de perspectiva.


Janeiro 22

Fahrenheit 451- Ray Bradbudy

Legado!

Somos o resultado dos livros que lemos, dos lugares que visitamos e das pessoas que amamos.

Cada distopia nos mostra um cenário tão cruel que é assustador quando notamos que não estamos tão distante dele.
Acredito que o livro passa muito pela ideia e olhar e não apenas ver as coisas ao nosso redor
E muito mais do que livros se trata de legado
Do que aprendemos e do que transmitirmos
Não dá para ler todos os livros do mundo, somos de modo geral uma playlist
E a força está no conjunto.

Outro ponto é que qualquer governo que prive a liberdade de locomoção ou de pensamento só consegue com cumplicidade da própria população ou pelo menos sua maioria

A revolução dos Bichos - George Orwell

Uns mais iguais que os outros!

"É apenas uma Fábula" na capa me lembra o Guia do mochileiro das galáxias ao pedir para não entrar em Pânico!

De fato, colocando os personagens como animais é mais fácil de ver o óbvio e cada vez mais pensar numa utopia nós leva a uma distopia!
O poder corrompe?
A ideia de pós verdade, é algo assustador e reforça o papel do historiador em registrar até mesmo os erros para que não possam ser repetidos.
Chamar ditadura de revolução é te tentar mudar as regras do celeiro.

Vale ouvir a música ninguém é igual a ninguém dos engenheiros do Hawaii.

Março 22

O mágico de Oz - L. Frank Baum 

Lúdico!

Apesar de O magico de Oz ser um daquelas historias que parecemos conhecer desde sempre.eu não tinha muitas recordações da historia, apenas a famosa frase, Não há lugar como o nosso lar e o inicio onde o furacão da origem a toda a jornada, lembro dos macacos alados de alguma animação que assisti, que eram assustadores com as flores de Alice no pais das maravilhas ( a animação original);

Justamente por desconhecer a jornada, o spoiler que ela voltaria para casa no fim batendo os sapatinhos de prata se torna menos relevantes, queria conhecer o como, e desde o inicio a historia trás o espantalho dando as ideias, o homem de lata tendo muita empatia e o Leão, que seria covarde mas esta sempre se arriscando pelos seus amigos, é uma analogia clara para a ideia de que o que procuramos esta dentro de nos o tempo todo.

Não lembrava que Oz era um charlatão, como é retratado no filme mais moderno, acreditei que era uma releitura na tentativa de tornar mais realista como tem sido a tendência das historias, ainda assim é um conto infantil com um bruxa má que é má simplesmente e tem medo do escuro e derrete com água e isso não e demérito algum, é uma historia que me surpreendeu e me deixou empolgado em vários momentos e tive o que buscava ao iniciar a leitura, uma visão mais profunda do universo que eu tinha de forma muito rasa no meu imaginário.


Abril 22

Alice através do espelho - Lewis Carroll

Como um sonho!

Alice, sem dúvidas é o livro que eu tenho mais versões, a animação me dava medo quando criança e acabou se tornando uma das minhas historias favoritas. Nessa continuação o surrealismo cresce de forma exponencial como as obras de Salvador Dali.

Apesar de fazer muitos anos que assisti a animação é inusitado descobrir que a cena do Jardim, dos gêmeos, corsa e o carpinteiro foram retiradas desse livro, é chegar a raiz da inspiração, há outras referencias não tão claras, será se a rainha branca influenciou Minority Report? Com seu conceito de pré crime?

O livro tem referencias vistas em Alice live action mas calma, não o que leva o mesmo titulo mas sim o primeiro, quando fala sobre o pensar em ao menos 6 coisas impossíveis antes mesmo do café da manhã.

É um livro que temos de estar atentos para acompanhar todas as reviravoltas, mudanças de cenários e questionamentos de coisas que parecem tão estabelecidas que não paramos mais para pensar assim como se a ausência de um nome nos deixaria livres de nossas obrigações ou faria a gente perder nossa identidade? É curioso como um poema é tão incompreensível que a própria Alice não entende!
ou como em determinado momento como um sonho ela aparece em um local sem saber como chegou!

Uma leitura divertida que instiga a imaginação.



P.S. Também foram lidos Harry Potter a pedra filosofal e a câmera secretas que devem ser comentados se eu terminar de reler a série.  

1)Lost
2)Game of Thones 
3)The office 
4)Arcane
5)Desventuras em série
6)How i met your mother 
7)Anne with an "E"
8)Pacificador
9)Modern Love
10)The Mandalorian
11)Peaky Blinders
12)That 70'show
13)Cobra Kay
14)Chenorbyl
15)Freaks and geeks
16)Breaking Bad
17)The Ranch
18)Supernatural
19)Good Omens 
20)Vikings
21)stranger things
22)The Walking dead
23)The boys
24)A maldição da residencia Hill
25)Fleabag
26)WandaVision 
27)How to get away with a murder
28)Watchman
29)Santa clarita diet 
30)Utopia 

Luan 

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Através dos números

A noite estudava finanças
mas antes de dormir lia Alice 
Os números faziam algum sentido 
entretanto as viagens pelo surrealismo são uma maravilha 

O café me mantinha acordado 
antes havia leite, época de deleite
Red bull te da asas?
Só consigo voar quando consigo dormir 

O coração acelerado não é por sua causa
uma arritmia 
Do ritmo que se perdeu 
E não segue a canção

O ar condicionado no máximo 
constatava com o Sol de outrora 
nessa cidade tropical onde só há verão 
Sem primavera ou outono 

Era um oásis, uma sombra na avenida barão 
quando com dois velhos e surrados livros 
do Drummond eu caminhava pensando saber de algo.   
A inocência tem um sabor doce, e agora o café é forte.

Luan Gabriel

terça-feira, 19 de abril de 2022

Sine qua non

Não consigo pensar em um boa comparação 
para tentar explicar esse sentimento que faz jus ao indescritível
Pois ainda que fosse alvejado por todo o arsenal do cupido 
seria pouco para traduzir esse sentimento é vivido
e me faz flutuar como as asas de Eros 
e sempre é e nunca, era. 

É como tentar inventar uma nova cor
Ou melhorar a canção que sei de cor 
é como tentar inventar um novo sabor
Ainda mais doce que a pipoca do cinema (mas sem enjoar)

Ainda que seja único como uma digital 
Volto ao analógico ao revelar as fotos que quero fora da tela 
Tocar a fotografia que mostra meu coração 
de forma mais precisa do que qualquer radiografia poderia 
 

Analógico pois revelar as fotos para tornar as lembranças tangíveis ao toque
É o mais próximo de uma maquina do tempo

Tiro o relógio para não ver a hora passar 
Troco a eternidade por uma noite se essa nunca chegar ao fim 
Uma noite estrelada, onde o céu se encontra incrivelmente azul 

Meu sonho é te ver sem precisar sonhar antes de dormir 
e ao abrir os olhos ao amanhecer
os passarinhos que me acordam cedo na manhã de domingo
cantariam uma canção mais alegre 
de quem tem pressa para ser feliz...


Luan Gabriel 



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Grand Line

Sempre precisei de mais linhas
Mas agora sei que a grande linha
abriga você!
Pois o maior tesouro
não é prata, nem ouro.

Sem saber nadar
Me vi imerso nesse sentimento imenso
Dilatou meu coração como se fosse de borracha
Marcando-o de uma forma que não se apaga

Estou lapidando desde o dia que te conheci
as palavras certas
pensando bem, desde o dia que nasci

Luan Gabriel 

Deslumbrante

Há um poema de Drummond que diz que a felicidade sem motivo
é a forma mais autentica, pois não esta vinculada a nada
Deste então tudo que não tem explicação, me encanta 
É o caso desse sentimento transborda sem pedir nada em troca

Há outro, esse de Casimiro de Abreu que fala da Aurora de sua vida
Se para ele foi ao 8 anos, é um privilegio que adicionando a letra H
A hora H, se torna só um detalhe
Sendo a Haurora, sendo renovada a cada amanhecer do Dia

Nessas aulas de literatura, aprendi sobre romantismo 
quando um mero plebeu cortejava uma bela nobre
Tão impossível quanto verdadeiro 
"Nunca acreditei na ilusão de ter você pra mim"

Por ter cursado direito, na vida prefiro o espontâneo
Então não tenho nenhuma intenção de mudar sua opinião 
na verdade, só gostaria de extravasar o quão bela é aos meus olhos

Te ver, é como a aurora boreal,
independente do número de vezes 
Nunca será banal 

Deslumbrante, é uma palavra que reservo para ti.
Que não só gera como cuida do sorriso 
Que arranca suspiros 
Que..


Luan Gabriel 




  

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Em breve

  Tenho me sabotado, ainda que não de forma intencional, na ânsia de viver o eterno tenho enviado áudios longos que tento justificar com outro áudio, um efeito dominó, como tentar consertar aquela espinha que espremi e quando mais eu mexo pior fica. Apesar de reconhecer o erro, é difícil evitar, já não há tempo a perder, é aquele contra ataque onde o coração fica na ponta da chuteira mas a defesa exposta, é sempre tudo ou nada, uma grande aposta. 

   A verdade é que não sou tão bom quanto gostaria de ser, se há beleza na poesia, é total mérito da inspiração. Tento justificar que a intensidade é ao mesmo tempo uma qualidade e um defeito como eu li, mas as vezes é só ansiedade. Sigo sendo leal, é o que me resta.


Em breve, quero trazer dois poemas ANA!OGIA E ANTO!OGIA, são obras que venho lapidando a muito tempo e vão inaugura 2022 com mais otimismo! Nunca anunciei um poema com antecedência mas vai valer a pena.