São 3:53, exatamente, quando começo a escrever esse texto.
Estava na sala relembrando de quando você enfrentou sua fobia e não conseguiu dormir, te fiz companhia, mesmo de longe, ficando acordado contigo. Era outra sala, o tempo passa e acabei me mudando.
Havia recebido uma mensagem sua, hoje é fato muito raro e pensar que a algum tempo nos falávamos todo dia, toda hora, o tempo passa.
Ainda que o tempo passe por uns instante consegui viajar alguns anos no passado e mesmo com tudo diferente, senti por alguns segundos que tudo estava igual.
É engraçado relembrar historias contigo e fiquei feliz com você recordando alguns fatos que me fugiram apesar de eu ter tentado escrever sobre o tema o suficiente para um livro, é bom saber que memorias tão preciosas tem um backup em outra mente além da minha.
Houve uma época que queria memorizar cada detalhe, em outro momento pensei que a unica solução seria esquecer, hoje fico feliz quando algumas memorias me visitam, seja por causa de uma canção que você me fez aprender, um verso que escrevi para você ou uma esquina que nos testemunhou juntos.
Demorei um tempo para descobrir do que você tem medo, apesar de ter incontáveis horas de conversas algumas coisas tive de descobrir sem você me dizer.
Sei que não se sente confortável em farmácias e gosto da ideia que ninguém me conhece como você
Li certa vez que um dia seremos só um retrato na casa de alguém e depois nem isso, é minha ideia de eternidade. Vou concluir esse pensamento mas antes gostaria de dizer que ...
Poxa, minha orientadora de TCC me cobraria as referencias, mas vou arriscar em dizer que foi Saramago que disse que para ver a ilha, devemos sair da ilha, e com esse tempo distante, posso afirmar com certeza que foi a aurora da minha vida e fico feliz que quando eu tiver de encarar o fim que minha eternidade seja está em suas memorias, quem sabe em historias que vai contar para sua filha quando ela perguntar da sua juventude.
Agora são 4:14, Boa Noite.
Luan Gabriel S.S.
