Perdi o "timing"

01/01/2022 00:12

   O calendário mudou e eu não estava de olho no relógio, foi uma virada bem diferente, principalmente comparando com a de exatamente um ano atrás quando o eterno estava ao alcance das mãos e o infinito era impressionantemente pouco. Voei com as asas de Ícaro e provei o doce e o amargo, encontrei, sobretudo, o sentido. E perdi, com grande pesar, até peso. 

Há um texto de 2019 e eu estava vivendo um momento bem especial, era Julho mas eu estava retornando de Natal, estava competindo e treinando em alto nível. 

E se a estrada terminasse aqui?

Claro que sempre vai faltar mais um jogo, campeonato, livro a ser lido, lugar para ser explorado

Mas já sei que a resposta para a vida o universo e tudo mais é 42

E também sei que não faço ideia de qual seja a pergunta correta.

E sabe, tudo bem!

Há muitos mais motivos para agradecer do que reclamar

Gosto de pensar no que tenho (mais do que preciso) ao invés do que poderia ter.

É aquela história de apreciar o momento numa proporção maior do que os planos pro futuro ou lembranças do passado.

É importante lembrar o que sabemos, que nem sempre estamos no volante, no controle.

Sem saber quando a estrada termina continuo treinando como se ela fosse infinita.

É preciso esquecer o que sabemos, mesmo sabendo que não depende de mim, continuo gritando com o rádio ou tv quando o Vasco erra um passe.

Queria mais uns Km, umas linhas, uns TD

E claro, companhia.

Mas se acabar, a viagem foi bela.

 30/07/2019

    Obviamente, o fim de 2019 foi um grande desastre, como se eu houvesse feito um desafio ao destino que tirou muita coisa de mim, seja a lesão no cotovelo, seja por revelar que muitos não eram amigos. Se eu achava que tinha chegado a onde eu devia, tudo foi reformulado e foi uma época difícil, não tanto quanto o ano que recém se encerra.

   2021 foi o auge e a queda, as duas faces de uma mesma moeda e sem me estender muito pois os fragmentos estão no próprio blog, digo que apesar de entender que os finais existem, esse quase acabou comigo e começo 2022, um novo ciclo, como quem esta vivendo um reboot nos quadrinho, onde poucos personagens se mantem e são cada vez mais raros os que são constantes. Recomeçar é a palavra em questão em todos os aspectos, profissionais e pessoais.

Chegarei ao 27, é um grande tudo ou nada, recentemente eu teorizei que supernatural deveria termina na quinta temporada para evitar muita coisa ruim mas olhando para esse breve recorte, apesar de não ter terminado em 2019, o auge e a decadência foram redefinidos.

    A gente sempre pensa que teremos mais tempo, até que o tempo acaba. Pensando nisso publico ainda que eu tenha de revisar depois, para caso minha série seja cancelada no meio da temporada, fiquem pistas para quem possa se interessar e para provar, que estive por aqui amei e ás vezes fui amado. 

Sobre 2021: 

Melhores Séries: Arcane; Chernobyl; Invencível 

Melhores Filmes:  Entre facas e segredos; Dunkirk; Liga da Justiça- Snider cut

Melhores músicas: Volta (o terno) Girassois de Van Gogh (versão Mariana Froes) Quadro verde (Rubel)

Melhor jogo: The last of us 2 

Nota: Algumas obras não são de 2021 mas foi quando eu tive o contato com elas.

Se você ouvisse

Se você ouvisse

As vozes que ouço à noite

Acharia tudo que eu faço natural 

(Engenheiros do Hawaii)

Tenho acordado bem cedo, após voltar a academia achei importante retomar a rotina de leitura que por diversos aspectos havia ficado em segundo plano. A retomada foi com o livro Raiz Forte, um derivado de Desventuras em série que é uma série de livros pela qual sou apaixonado, ainda que assim como Os miseráveis apesar de excelentes são obras que não podemos revisitar a todo momento pois os títulos não enganam, são verdadeiramente tristes.

  Atualmente estou lendo Fahrenheit 451, comprei o livro durante a pandemia e apesar da espera, acredito que seja o livro certo pois destaca como os livros são impactantes na sociedade, uma leitura que se engrandece muito quando somada com 1984 (esse li durante o isolamento) parafraseando Quintana  “Os livros não mudam o Mundo, quem muda o Mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”.

   

    Há muitos anos minha tia olhando minha estante me perguntou o que eu faria com meus livros com o passar dos anos, eu não tinha uma resposta bem formulada e a primeira coisa que me veio a mente foi o que eu respondi, pretendo reler, eu sempre reli alguns, como O Pequeno Príncipe, Alice no País das Maravilhas ou O Guia do Mochileiro das Galáxias, mas recentemente decidir reler, grande parte e tecer minhas singelas anotações, tentando somar de certa forma as obras, assim como tenho revisto algumas séries, atualmente revi supernatural, até a quinta temporada, onde julgo ser o final ideal. 

   Dito isso, estava eu as cinco da manha lendo na sala com a luz da lâmpada pois acordei antes do Sol nascer, durante minha leitura comecei a ouvir uma voz de uma criança que chamava pela mãe, uma informação relevante a essa altura é que minha irmã tem 16 anos e tem como característica muito marcante tem um sono mais pesado que a maioria do brasileiro médio, com isso demorei pouco para perceber que não era ela. Diante de tal situação e com meu conhecimento do sobrenatural baseado em inúmeros filmes de terror, a decisão que julguei ser mais inteligente, foi simplesmente não olhar para trás, pois sei que é a hora que o diretor da um close e impacta no susto. Se fosse para enfrentar o fim inevitável contra uma ser que atravessa paredes e em tese já não pode ser morto, eu preferia ser pego de surpresa e aceitar que correr não iria ajudar muito. 

 

    Como estou escrevendo, a vida seguiu, li mais alguns capítulos, tomei café e dormi um pouco para completar as poucas horas de sono que tive durante a noite. Dias depois descobri enquanto minha mãe conversava com alguém que tinha recebido uma amiga, e pelo tardar da hora a convidou para dormir no quarto de hospedes e essa amiga tem uma filha, liguei os pontos e achei engraçado, só então eu dividi minha experiência pois segundos os filmes, os maus espíritos se alimentam do medo então minha batalha seria vencido dando um gelo, batalha que não existiu. "Também fica assistindo essas coisas de madrugada'' 

Luan Gabriel    

Sorriso.

São inúmeras playlist e uma estante cheia de livros

e ainda assim faltam palavras para expressar como sinto saudades do seu sorriso

então tento soltar aquela piada ou comentário inusitado para traze-lo a tona

apesar de quase sempre ele se esconder atrás de uma mascara ou de um "kkkkk"

Falta a você referencia, como posso citar a ideia de tempo de "A chegada" ou "interestelar" 

Onde não existe linha do tempo, tudo está acontecendo de forma simultâneas

O que foi e o que será, é o que é. 

Não consigo lembrar como era antes de eu ver seu sorriso pela primeira vez 

Mesmo tendo levado algum tempo

 

Quebro a métrica por um instante 

Tarantino você tem de assistir. 

Até no lixão nasce flor 

e no inferno conheci um anjo 

que com suas asas se faz livre 

e sei que tem muito a me ensinar 

Sem nenhuma gaiola ou ideia de podar

Só quero voar 

ao seu lado 

Sobre duas rodas ou parado 

Luan Gabriel 

    

S-the

Black

Já inicia o dia com o calor do café 

Pois advocacia não é para covardes 

e o ideal é que a justiça não tarde  

ainda que isso beire a utopia e a fé

É tamanha a correria 

Que as vezes falta tempo para a academia 

Não que seja um problema 

e te explicar isso é o meu dilema 

O calor não impede a roupa alvinegra

que é marca registrada 

ainda que a marca seja de prata 

pois há sinergia tanto quanto as canções do rock e poesia 

Blue 

Tim cantou sobre a cor do Mar 

e aqui nessa cidade entre rios 

ela corre livremente 

Pois o amor é laço e não corrente 

Compartilho contigo minha leitura favorita 

Na esperança de trazer mais vezes a tona esse sorriso raro 

e belo como a aurora boreal 

Apesar que para comparar é preciso esquecer que não há nada igual 

Luan Gabriel 

-1

     Eu fiz um design bacana, consegui colocar o link para a postagem ficar a um clique de distancia e fui dormir, ao acordar e perceber que não houve ao menos um acesso, me senti mais livre para escrever esse texto que agora você ler (ou não).

    Eu gostaria muito de ser o filho pródigo, antecipar a herança, viver de forma inconsequente e até mesmo ter uma segunda chance, mas como foi narrado em "prolixo'' eu era a criança que deixava de tomar sorvete na sobremesa me preocupando em não ficar mal acostumado caso os dias difíceis viesse e quando eles chegaram, eu só consegui pensar que era melhor que eu tivesse a lembrança do sorvete nas tardes de domingo. 

    Li certa vez, que se você não tem uma divida, você esta na frente da grande parte do Brasil, o dinheiro nunca esteve em abundancia mas sempre preferi pagar no débito, só para garantir a paz ao colocar a cabeça no travesseiro, e ainda assim com a fatura do mês paga a gente corre atrás da do mês seguinte como um hamster que corre ao infinito.

    Em 2022, eu chego aos meus 27 anos e admito que por sempre considerar a lealdade um dos meus maiores valores, é uma surpresa olhar ao redor e ver tão pouca gente que se manteve com o passar dos anos, questiono o quanto é culpa minha da solidão que insiste em falar mais alto na madrugada, quando eu tinha meus 23, acreditava que 4 anos seriam suficientes para se viver uma vida, e chegaria esse número que costuma encerrar a vida dos astros do rock já com minha obra imortalizada, nesse meio tempo, achei motivos que me fizeram querer ficar mais velho, admirar a passagem do tempo e assim como eu os encontrei, os perdi.

   Será se sabendo que só temos um ano de vida, viveríamos mais intensamente do que uma vida inteira de incertezas? É do meu imaginário que Drummond descobriu uma doença ainda jovem mas viveu bastante, deve ser bom ou ruim viver como se não houvesse um amanha e esse amanha chegar? 

   Quando fui assaltado e corria como um meu eu de 15 anos, cheguei a pensar que morrer com dinheiro na conta seria uma verdadeira tragédia, depois me questionei como estava minha vida para eu tomar a decisão de correr, logo depois pedi demissão. 

    Começo o ano com o velho questionamento será se minha realização e o que me dá dinheiro estão alinhados? Eu sempre valorizei muito coisas simples, mas nesse caminho quase na contramão a gente se questiona o quanto de razão tem a maioria, ainda que toda a vida tenha ensinado que ela esta errada. 

Quem sabe seja isso, com o prazo de um ano, eu finalmente finalizaria o blog, faria mais um ou dois livretos, falta a urgência ? 

é domingo e o tempo tem sua distorção própria, o conceito de a hora do almoço é adiado e só quero adiar essas preocupações, até amanha. 

Luan  

Cinéfilo

   Reuni um grupo grande de amigos para comprar os ingressos de forma antecipada para Esquadrão Suicida (2016), o trailer com Queen nos encantou e foi o que foi, apesar de querer muito gostar ficou um gosto amargo, assim como Detive Pikachu que apesar de ter bons momentos, não chegou nem perto do Pokemon - O filme: Metwon contra-ataca, filme que tem a cena que junto de Rock Lee vs Gaara mas me arrancou lagrimas na infância, vou somente citar a versão da Liga da Justiça como decepcionante pelo potencial que tinha e parcialmente corrigido no snyder cut, Batman vs Superman não entra nesse deBATe por eu ter gostado bastante com a ressalva do Batman usar armas.

    Dei exemplos que o hype acaba machucando e como ele é perigoso, ainda assim vou elencar 3 obras que eu confesso me fazerem dá um voto de confiança mais por desejar que sejam boas do que por assim acreditar.

      A primeira é da HBO que esta adaptando o jogo The Last of us, o melhor jogo já desenvolvido para console, sua narrativa é brilhante eu de todo meu coração espero que nesse novo formato ela consiga transmitir ao público a relação dos personagens e o pesos de suas escolhas, não consigo convencer o Jr a assistir as 16 horas de game play necessárias e quem sabe seja a série uma solução, como foi Arcane para quem não conhece o universo de league o Legends, Arcane foi a obra que para mim, foi a mais marcante de 2021, e ambos os jogos quando jogados nos deixam em momentos de aflição, até mesmo de frustação, o que eu vejo como uma qualidade, é muito bom quando seus problemas, ainda que temporariamente, sejam de obras da ficção.

    The Batman sofreu inúmeras criticas pela sua escolha do elenco mas apesar de não ter sido um fã de Crepúsculo onde era moda dá mais pauta ao que não gostamos do que ao que gostamos (mudou?),  Eu sempre gostei de circular entre tribos, da mesma forma que eu gosto de ler, gosto de jogar bola, acho que se resumir e se prender muito a uma bolha faz a gente desconhecer inúmeros sabores que a vida oferece. Se o anterior eu vou ter muito prazer de indicar aos amigos que não jogam para ter uma experiência que eu já tive, esse hype é mais egoista, quero eu ficar impactado. 

     Me falha a memória se comentei em texto ou somente em conversar com amigos o quanto eu defendi o fim de Game of Thones, a jornada é mais importante do que o fim em si, foi o argumento mais consistente que apresentei mas a verdade é que  (SPOILER) o Drogon não ter fritado o Jon Swon depois daquela palhaçada é uma coisa que me incomoda de forma persistente. E essa nova série, House of dragon, tem a chance de tirar um pouco do gosto amargo.

    Curiosidade, sou daqueles fãs que sempre vai achar o livro muito melhor, ainda evito rever os filmes do Harry Potter para ficar com a lembrança dos personagens que imaginei quando criança, o filme do Guia do Mochileiro das Galáxias fica tão abaixo do livro que peço desculpas só por lhe informar que ele existe, mas assisti Duna e vou ler em breve, as criticas que a série da fundação não é tão fiel me fez optar por ler somente o livro, mas nunca tive um vontade de ler Game of Thones, gostei muito da experiência da série em si e me prologando é engraçado a questão que no mundo virtual, as vezes somos primeiros expostos ao objeto de referência e depois ao original, por exemplo, It - a coisa, saiu depois de Stranger Things, e parece que se inspirou nos amigos da Eleven apesar de ser o oposto, acredito que Game of Thones tenha se utilizado de muita coisa de Duna, apesar de acreditar que este, só se tornou viável pelo sucesso dos livros G.R.R.Martin  e quando digo viável, e falar em uma super produção que rompa o primeiro nicho.

Estou com um projeto de reler muitos livros, e quem sabe analisar alguns filmes, por hora, estou reaasistndo Supernatural e me chama a atenção como os figurantes deixam exposta a jugular, e o corte sempre é perfeito, coloca a mão na frente, vou dizer o que eu digo para meu suporte quando ele se mata no lolzinho, "finge ao menos que não quer ganhar" no caso, sobreviver.  

Nota; esse é um comentário bem menos permanente do que um texto mas como não uso twiter só tenho essa ferramenta, assim como a ideia original era atingir um público maior pelo instagram mas como é de costume, precisei de mais linhas.  

Nota 2: Não sou tão ligado a Sandman para criar um hype absurdo mas é um conteúdo que eu gostaria bastante que desse certo 

Luan, 14/12/2021

 

Querido diário

    Quando comecei o blog, ser youtuber não é o que é hoje, muito menos existia a Twich, brinco que se eu tivesse escolhido outra plataforma para dividir meus pensamentos talvez seria mais profissão e menos hobby, vou confessar, existe a timidez de esta em frente as câmeras mas o principal fator, é a simplicidade da escrita, é mais fácil aprender a formatar o texto em si do que editar o vídeo e ter as ferramentas para que ele tenha uma boa qualidade. 

    Os textos antigos eram quase como um diário, onde eu compartilhava algum pensamento, reflexão, curiosidade do dia a dia, muitos eu apaguei recentemente, por estarem muito datados ou por não ter a qualidade que eu gostaria, com quase 500 textos no blog, sei que ninguém vai ler todos, então se eu deixar só os melhores, aumentam as chances de se ler algo bom.

    Eu, por um tempo, usava o instagram para partilhar esses pensamentos, as fotos eram meramente ilustrativas, e muitas vezes faltavam linhas, mas eu que estava indo contra a maré, é um aplicativo de fotos e não de legendas. Voltei ao blog, essa dose de esforço de acessar o link ou pesquisar no google me faz crer que quem ler tem interesse e não me sinto culpando ou que estou incomodando ao fazer você ler algo tão longo e que ainda esta introduzindo o assunto.

    Não faço ideia de quem seja meu publico, se é alguém que ri sempre que eu conto sobre algo que deu errado, se é alguém que gosta de mim ou se acompanha os textos como eu leio o Humberto Gessinger por exemplo. Eu tenho curiosidade, queria o feedback mas a incerteza me gera a dúvida a cada vez que eu posto, será se estou falando sozinho ou com todo mundo? 

    Acho que é mais fácil tocar em assuntos felizes, e por isso considero que não a nada mais sincero do que admitir quando estamos por baixo. Aos meus amigos mais próximos, madrugadas como essa já renderam muitos áudios enormes, do fundo do meu coração, mas com o rolar da conversa eles ficam para trás e queria deixar registros, ainda que futuramente apagados, talvez por serem um pouco mais abstratos os poemas fiquem mais atemporais; 

É isso, em pouco tempo o Sol vai nascer então vou parar por aqui mas volto em breve. 

Feliz por um instante ou dois

Até a dor mais profunda 

aplicada a exaustão perde seu efeito

pois a vantagem de está no fundo do poço 

é que a gente não afunda

Para a dona aranha voltar a subir a parede

A vida da uma dose de esperança 

o suficiente para baixar a guarda 

Acreditar que dessa vez vai ser diferente 

Persistência e ingenuidade se confundem, colidem 

a anestesia de não sentir nada é a pior coisa do mundo

pelo menos, até voltar a doer  

Tudo se resume a você assistir aquele replay do gol contra aos 46

inúmeras vezes 

na ânsia da bola ir para fora 

mas a derrota é constante. 

Luan Gabriel