terça-feira, 26 de maio de 2020

Comunicado.

  Olá, ávidos leitores, sei que esperam um texto novo como se esperou uma nova temporada de Game of Thones, alegro vocês ao dizer que estou trabalhando em um poema agora mesmo mas me ocorreu que se o blog, for visto como um livro esse é lido de trás pra frente uma vez que o inicio da historia esta nas postagens mais antigas.  
   Ou pode ser o meio se você já acompanha a algum tempo, deixo esse pensamento enquanto tento traduzir a sensação que sinto ao falar com ela, já perdi o número de texto que nesses 6 anos tentam traduzir, sempre tem algo que falta a ser dito. Então, até breve. 

Letters

Minha Querida, Minha Cara...

  Tenho um caderno de cartas que escrevi para você, ainda que agora me dei conta que não sei o seu endereço (até sei chegar mas não sei o nome da rua), mas passo para o papel para quem sabe um dia mexendo na gaveta eu possa lembrar o que hoje acho impossível de esquecer, também me dei conta que a letra começa bonita mas se torna apressada na tentativa de acompanhar os pensamento e com medo de perder algum como os que foram perdidos enquanto o computador ligava, aqui não tem minha caligrafia, muito se perde mas há uma chance de chegar a você, vamos torcer.

  O limite de linhas me lembrar a hora de parar e a página seguinte que eu posso começar de novo e te conto sobre o livro que estou lendo e como nele as cartas são algo precioso, falo da chuva que bate a janela e comento que se estiver com medo dos trovões poderia me abraçar mas não que eu esteja com medo, afinal tirei o vídeo game da tomada e o espirito que mexer contigo é que deve ter medo de mim.

   A carta não exige uma resposta imediata, não tem confirmação que chegou ao destino, sempre há uma dúvida se o pombo correio chegou ao destino e deixamos um pouco na mão do destino, o que for para ser será.

   Escrevi uma carta e coloquei numa garrafa como se a jogasse ao mar que por seu capricho e tamanho razoavelmente grande, ela ainda não chegou a você, ainda.

   Há uma centena de áudios que te mandei com uma duração que só você tem paciência para ouvir, sinto que estou produzindo um podcast, onde você é toda a audiência, onde você é toda a audiência que eu preciso, mas quem sabe se fossem cartas você poderia guarda-las numa caixa de sapato, megas e gigas são tão abstratos.

   Por fim, depois de anos você diz que me encontraria no escuro só pelo meu cheiro, gostaria que soubesse que ainda tenho o perfume que usava para ir te ver e que confie nos seus sentidos, lembro de uma cartinha que você me fez e enviou nela um pouco do seu perfume, como tudo que tem valor era finito então assim que eu puder espero sentir ele direto na fonte.





atenciosamente, Luan