sexta-feira, 15 de julho de 2022

VAR review

      É de fato muito interessante como as coisas nos marcam, eu tenho uma teoria que posso desenvolver em outro momento que talvez os dias que a gente recorde da infância como uma ideia de padrão podem ter sido dias atípicos, enfim, papo para outra hora, um dia que eu lembro com uma clareza solar foi por volta dos meus 10 anos, quando em uma aula de inglês alguns amigos estavam comentando sobre um grande filme de terror, Resident Evil 2: Apocalipse, na época eu não havia assistido nem mesmo o primeiro mas claro que coloquei na lista dos filmes para pegar na locadora, denunciei a idade? E sim, era possível assistir filmes de terror acima da faixa recomendada, reunimos os amigos para assistir o exorcista, o chamado mas com a galera o terror acabava se dissipando na tentativa de gerar sustos, sempre com alguém indo pro banheiro escondido e ligando pro telefone da casa para falar o clássico " Sete dias'', uma vez, assisti na casa do meu amigo Premonição e voltei para casa andando a noite, pensando que uma folha de arvore conseguiria me matar.  
Apesar de não ter me causado pesadelos como a primeira cena de Madrugada dos mortos, os dois primeiros filmes são excelentes e vivi toda as especulações sobre como seriam os novos zumbis e como as mutações iriam gerar novos desafios, a verdade é que o 3 já é frustrante, um pausa eu lembro claramente de um aniversario onde conheci Alice, talvez minha primeira paixão, uma garota extremamente doce e bem agiu no policia em ladrão, a conheci no seu ultimo dia da cidade mas ela tem o nome da protagonista de um mundo maravilhoso e desse mundo repleto de mortos-vivos ou não?
    Recentemente saiu na HBO max o filme de 2021 Resident Evil: Bem vindos a Raccoon City, que por coincidência ou não, é o titulo da série(com a adição sutil de um nova) que foi disponibilizada recentemente na Netflix, a diferença consiste bem mais na qualidade, enquanto o filme foi abandonado na metade, assim como o filme que iniciei antes dele, Morbius, a série trás um ar novo a como adaptar o famoso jogo. Curioso também é como após abandonar esses dois filmes com status de grandes sucesso, achei na Amazon prime, Um lobo entre nós, também adaptação de um game, com bem menos repercussão mas como diria minha amiga Andressa, não prometeu nada e entregou tudo, cá estou no fim do primeiro episodio da série, Resisdent Evil e boas noticias, assistirei o segundo.  

 Falando na Andressa, eu vou repercutir os acontecimentos da ultima quinta, quando pela copa do Brasil, São Paulo e Palmeiras se enfrentaram 

  Sou vascaíno, não que seja surpresa para quem acompanha o blog a mais de dois dias, e o Vasco está a dois anos na série B, vivendo um limbo e seu universo particular, situação que pode ser vista de varias formas, uma dela é que ele está longe dos holofotes e não tem almejado grandes títulos mas em uma visão mais otimista, é uma das etapas de sua reconstrução, quando sem motivos para tal, sem grande atuações ou final, o Maracanã se torna pequeno para uma torcida que canta e se retroalimenta, sendo ao mesmo tempo combustível, catalizador e chama, com a perspectiva de ser vendido a gente torce para que entre nos cofres o valor que sempre esteve presente nas arquibancadas, e principalmente que ele seja administrado.
   Já fui bem mais apaixonado por futebol, ao ponto de assistir Criciúma e Juventude sub 20 durante a adolescência, mas algumas coisas me frustraram e muito mais doloroso que qualquer rebaixamento foram os dois pênaltis não marcados contra o Flamengo no Brasileirão de 2011 quando o Vasco lutava pelo titulo ou a bola que entrou e um arbitro a dois metros, colocado ali para ver isso, falhou em sua única missão, gerando esse sentimento que pior do que perder, é perder por algo que foge seu esforço.
Um balde de água fria, me distanciei um tanto do esporte e comecei a acompanhar o futebol americano que por sua vez já contava com a tecnologia para ajudar em lances cruciais, se pisou fora ou dentro ou se tinha o controle da bola por exemplo. Hoje continuo acompanhando o Vasco, mas qualquer outro jogo me parece um tanto tedioso ainda assim dei uma chance ao jogo transmitido pelo Casemiro e Thiago pela amazon, o palmeiras tinha de reverter um resultado e como um roteiro de filme logo no inicio dois gols (Será se inspiraram no Vasco de 2000), dois a zero e tiveram um pênalti a favor, era só matar o jogo, comemorar e assistir todos os noticiários mas ... ao chutar para fora, e mantendo o jogo vivo deram chance ao azar, mas antes fosse azar, com um lance duvidoso na área, o VAR é chamado, hoje temos tecnologia no futebol também, porém, entretanto, toda via, existe algo que se chama compensação, talvez faça sentido pra alguns, se marquei pênalti lá, vou inventar um aqui também, e ao ver o absurdo do erro pautado na tecnologia há somente duas hipóteses, incompetência ou má fé, as duas deixam um gosto amargo, nos pênaltis o palmeiras foi eliminado, infelizmente nem tudo que o Vasco de 2000 tinha para ensinar era positivo mas isso só fiquei sabendo no dia seguinte, dormi antes do jogo terminar. Como sempre, não se pensa no dia de amanha e a voz de quem é prejudicado por um erro acaba sendo abafada por quem teve a gloria, justa ou não, o pior é pensar que pode se inverter e assim, a vitória fica com o sentimento de injustiça, hoje erra contra, amanha a favor, muitas vezes mais a favor de uns do que de outros. Mãe alerta que estava tendo muita aposta e diz que já sabia que algo assim poderia acontecer, não se se eu acredito, pra ser sincero, acreditar no Vasco requer muito da minha fé. 







16/07/22 Luan