sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Seja Bem Vindo

Diário de Bordo:
Teresina, Hemisfério Sul, Terra.
"A vida é uma viagem, passagem só de ida, há quem diga que não vale, Há quem pague para viver" (HG) A minha começou a um tempinho, mais do que o rosto de menino deixa transparecer, uma infância cheia de verde e brincadeiras ao ar livre, por capricho do destino vivi infância, pré-adolescência, adolescência e cada vez mais a vida adulta em locais diferentes, facilita diferencias as memorias que nem sempre são cronológicas, as vezes me parece que a colonia de ferias de 2005 está mais próxima do que a ultima sexta, que o tempo relativo todos sabem, basta lembrar das aulas de matemática que tendem ao infinito.
Infinita Highway, sempre em frente, sempre precisar saber para onde vamos, somente ir, até por que não há resposta certa, não há roteiro, nem segredo para a felicidade, siga seus passos com boas companhias se tiver sorte, mas persista ainda que só pois mais na frente pode reencontra-las, ainda que seja uma estrada, não é reta.
Tenho aprendido a cada ano, ou melhor a cada dia, coisas que nem sempre me ajudam nas provas.
Aprendo muito com as canções,filmes e livros mas principalmente com as pessoas, uma em especial que não cansa de me surpreender e é mais difícil que o tcc
Fui surpreendido por um número maior de pessoas recentemente, pessoas tão diversas e que tocaram meu coração por estarem reunidas tendo em comum a amizade, e agradeço
Esse texto talvez tenha ficado abstrato, até mesmo para mim, é entretanto um gatilho para memorias, da minha cidade Natal, do Piso de Madeira da primeira casa, de Minas Gerais, do Ensino médio onde fiz grandes amigos, da franja dela que sempre cobre o olho como um convite para eu afasta-la com com carinho... as coisas que valem a pena e fico extremamente feliz por não poder enumera-las sem ficar cansativo
Dois patinhos na lagoa, a expressão por si, já revelaria a idade
Avisos aos navegantes, ainda tem lugares, me acompanhem nessa viagem, algumas paradas, até a parada final ?
Deixo você mexer no rádio mas nada de comida no carro.


Luan Gabriel Silva Sousa 

Só mais uma da madrugada

   Quando esse pensamento já estava pronto me veio o questionamento do quanto seria relevante compartilhar isso com as pessoas, com o quanto de atenção elas iriam ler ...
   Se você está lendo é porque no meio da encruzilhada escolhi o caminho que me levava a postar.         Aquela lampada figurada apareceu no topo da minha cabeça enquanto eu assistia um vídeo do historiador e filosofo Leandro Karnal que analisava uma das peças de Shakespeare, Hamlet no caso, na qual ele citou uma das falas " O resto é silencio", Opa, já ouvi isso! Já mesmo, em uma canção dos engenheiros do Hawaii, depois de tanto tempo uma canção que sabia de cor ainda me surpreendia.
    Lembrei do prefacio do livro O guia do Mochileiro da Galaxia ( Livro o qual recomendo) que dizia está repleto de referencia as questões físicas que se você não conhecesse não prejudicaria sua leitura mas se conhecesse iria se encantar ainda mais. Assim é para mim as canções do Humberto Gessinger, algumas citações eu já conhecia, a nível de exemplo," tudo que é solido se desmancha no ar" entre tantas que seria cansativo citar mas que contam um pouco das referencias, deixo nos meus textos muitas intertextualidades que talvez passem despercebidas mas para quem dedicar atenção e perceber que nada é por acaso vai perceber que são pistas de quem sou, do que li, ouvi ou vi, ( Esse ultimo jogo de palavras me abriu um sorriso)
   Voltando ao Karnal, que falava sobre ética percebi o quanto é nadar contra a maré, a mudança começa em nós ... tento acreditar nisso, as vezes isso significa entregar a prova chutando uma questão para resisti a tentação de olhar para a o lado, pois a tentação existe, o que muda é como se lida com ela.
   Acredite nos seus valores e seja fiel aos seus princípios, isso me lembra a frase da Madre Teresa " O que eu faço, é uma gota no oceano, mas sem ela o oceano ficaria menor"

Luan Gabriel S.S.

Tudo o que eu gostaria de dizer ou quase

Sabe, ela é aquela garota que quando a gente abre a janela do Whats e ela está Online, o coração acelera, dá vontade de abrir a janela do quarto e olhar a Lua.
Ficamos ensaiando a melhor maneira de dizer "Boa noite",
"Oii" ou "Olá"... Pequenos detalhes, muitas vezes até imperceptíveis.
Parece coisa de adolescente, mas não sei se isso é um demérito, afinal é uma fase que amamos ainda sem as cicatrizes das derrotas, vamos de peito aberto, pulamos na esperança de aprender a voar antes de chegar ao chão, tentamos fazer tudo certo porque a primeira vez, muitas vezes, é a última chance.
Penso em falar de literatura, das músicas que marcaram, mas, na verdade... só queria ouvi-la.
Saber um pouco mais desse mistério que me encantou na primeira nota, no prefácio.
Queria elogiar o cabelo, dizer que eu curti ele curto, mas ela já deve ser elogiada todo dia. Então, apenas admiro.
Fico pensando: Ela está do outro lado.
Fico sonhando e, quando vou ver, o "Oii" está escrito, mas nem enviei.
Minha irmã falou que é chato quando se manda mensagem, mas como ela vai saber que eu pensei nela? Como ela vai saber que quando passo meu melhor perfume é na esperança de passar por ela e ter uma desculpa pra abraçá-la?
Talvez esse texto vaze, chegue a ela.
Ou não.
"A dúvida é o preço da pureza".
A última vez que senti um frio na barriga assim foi na montanha russa, mas é muito melhor assim; ir as nuvens com os pés no chão.

Se o texto chegar a ela, ele vai dizer assim:
"Para falar dela devemos ir por partes:

Poderia ser a Ana de refrão de bolero, com seus lábios que são labirintos, aquele olhar que deixa perdido o mais avançado dos GPS, olhos cor de mel que confundem meus sentidos e me fazem acreditar que posso sentir a doçura com a visão.
Da dinastia Rose, nasceu bela como a Rosa do pequeno príncipe e eu que sempre apoiei a democracia, senti, pela primeira vez, o desejo de ser da realeza.

Eu poderia encontra-la na fila do cinema ou numa mesa de bar, qualquer lugar que toque uma música do Frejat
Ou Engenheiros, para construir uma história
Em páginas em branco de um futuro ainda desconhecido, no qual teimo em ter esperança.




Luan Gabriel Silva Sousa 

Casa de vó

(Rua Buriti dos Lopes)


Essa casa é a casa da minha vó, passei muitas férias ali
Desde quando eu ainda morava no Pará, hoje moro bem mais perto
Antigamente a calçada era maior, tudo é maior quando se é pequeno
Não tinha esse muro e ali jogávamos bola
Com a vó gritando para não chutar no portão das vizinhas
Com alguem vigiando para a bola não cair no bueiro
Ela tinha cadeiras que serviam de excelentes traves.
A rua não era asfaltada
Era um calçamento de pedra o que testava nossa determinação em brincar na rua
Ahh, as lembranças tem gosto de biscoito de chocolate.


Luan Gabriel Silva Sousa 

Espelho do Mundo

Gostar do mar deve ser uma daquelas leis do universo que tem em seus artigos também o cinema, sorvete e filhotes.
Talvez olhando o horizonte e vendo como somos pequenos vemos que pequenos também são nossos problemas
Talvez olhando para o horizonte sem fim vemos como são infinitos nossos sonhos.
Vários talvez, a brisa do mar não sopra respostas apenas mais perguntas e reflexões
Está nas canções do Bob Dylan, do Nando Reis e dá nome a uma banda que a Mallu participou da qual gosto muito.
Dormi na beira da praia é uma das melhores coisas para mim
Em parte porque todos acordam muito cedo
Para aproveitar ao máximo e ainda estou com sono
e porque não existe uma combinação melhor do que o sol aquecendo a pele
e as pequenas ondas que chegam refrescando.
Tive alguns dos meus melhores sonhos ali.
"Deus ao mar o perigo e o Abismo deu
Mas é nele que espelhou o Céu"




                                                                                       

Luan Gabriel Silva Sousa 

Passarinho Azul

Se eu tivesse de fazer uma analogia diria que você é como um passarinho azul
Destinada a viver grandes coisas, conhecer vários lugares, com as mais belas paisagens, tornar como paisagens mais belas ainda mais lindas
Não gosto de ideia de te por em uma gaiola ou podar suas asas
Aprecio quando você está aqui com os primeiros raios de Sol ou no fim da tarde
Justamente por ter o mundo nas mãos e decidir ficar aqui um tempo
Azul, só porque gosto de azul mesmo


                                                                                     Luan Gabriel Silva Sousa 

Rosa

Como uma rosa floresceu ali, com costuras mas sem espinhos, sem raízes, livre para voar ainda que sem asas.
Ela repousava tranquila no campo antes da batalha, antes do sangue e suor ser derramados
Em silêncio, rompido mais tarde por gritos de euforia, de incredulidade, até mesmo um palavrão
Sentimentos tão paradoxais quanto uma bola que fazemos tanto esforço para receber e ter conosco quando, segundos antes ela ser jogada para longe, fazendo uma espiral sem ar como uma bailarina que sabe do que é o centro das atenções.



Luan Gabriel Silva Sousa