Após um período longe voltamos a acompanhar Dany e Jon, ambos descobriram que é mais difícil lidar com o poder do que conquista-lo.
Jon tem de lidar com Stannis que demanda muito, fazer a paz com os selvagens depois de 1000 anos de guerra e teimo em acreditar que somente ele seria capaz desse feito, ainda resistir a tentação com tudo que ele deseja sendo oferecido a ele, o nome Stark e Val que desconfio ser a verdadeira mulher mais linda desse universo.
Em um primeiro momento o Jovem Griff e Quenty parecem ter seus arcos bem parecido, buscando a mão da Dany, mas Tyrion segue influenciando e mudando as cartas na mesa, enquanto um se volta para Westeros o outro tentando levar honra para sua casa voa perto demais do Sol, ou melhor, de um dragão e acaba queimado.
O tempo é um elemento essencial, é difícil viajar para o outro lado do mundo, Quenty perde amigos nessa jornada, a historia poderia apenas citar mas acompanhamos as alianças formadas e como é difícil virar o manto mesmo quando tudo foi um pretexto para cruzar o oceano. Ainda assim o príncipe de Dorne é um bom filho e se Dany tivesse de dividir seus dragões gostaria que fosse com ele
Theon tem muito desenvolvimento e sofremos com ele, entendemos que ele errou rudemente, talvez sem sua traição, Robb ainda estaria vivo mas nada justifica os horrores que Ramsay gera. Rosse é um vilão completo, sereno, de voz baixa que todos param para ouvir.
Acredito que o livro como um todo foi feito como uma preparação, Jon acabar traído, Dany perdida dá margem para muitos caminhos, todo capitulo termina com algo grande para acontecer.
Dany tem de liderar uma cidade que é hostil ao seu governo, as vezes pensamos que ela deveria ser mais radical, mas é justamente essa compaixão que a difere de Ramsay por exemplo, não podemos ser capaz de tudo por um objetivo, contrariando Maquiavel, entretanto ao mesmo tempo, ela não pode esquecer quem é, antes de tudo, uma mãe de dragões e se algo pede para que ela acorrente seus filhos, deve refletir que existe algo errado, inclusive são esses detalhes que o livro tem e fazem toda a diferença, na Arena Drogon não vem salvar Dany, pelo contrario, estava "tudo bem" até ele chegar e ela vai doma-lo, tudo bem entre aspas pois havia uma conspiração para assassina-la, outro ponto é que ela decide ir de encontro ao Kalazar, e estar ao lado de seu dragão, na série ela esta só, e mais do que isso, ela tem tempo para remoer e fazer a pazes com seu passado, pensando em seu irmão, em Jorah, e tendo essa reafirmação de quem é e que são seus dragões que a levarão ao seu destino.
Outros pontos são personagens que faltam, como a figura de Merreca, que ensina muito a Tyrion que sempre esteve com esse ar de quem sabia mais, Dany se diferencia de Cersei ao se cercar de pessoas fortes que acreditam nela, Selmy faz seu papel como brilhantismo quando na ausencia de Rainha defende seus interesses, já Cersei na busca do monopolio do poder, esvazia seu conselho e quando é presa, ninguém tem voz para fazer nada, Cersei acredita que se fosse homem tudo seria melhor, afinal ela é mais valente que Jaime. Será? Uma coisa é certa, não tem nem a metade da esperteza que julga ter.
Jaime partir com Brieene, Arya treinando, acredito que os Ventos do Inverno trazem muitas surpresas e reviravoltas, com 14 anos de espera, sobra muito tempo para teorizar.
Quando criança, eu conhecia os personagens de Star Wars mas não conhecia os filmes, então eu criava na minha cabeça historias, acredito que um consolo é que é um universo rico, onde há muito espaço para entender, gostaria muito que as profecias tivessem uma resposta.
Com 5 livros, é a melhor saga que eu já li, e se contrasta em qualquer outro livro com diálogos e a construção de um universo tão rico e cruel.
Ao montar um dragão, devemos esperar turbulência, belas paisagens, fogo e sangue.
13/02/25