sábado, 28 de junho de 2025

Dó Maior


 2025 tem sido um ano em que acredito que estou conseguindo me conectar muito mais com as obras e ter um olhar mais positivo, finalmente conheci Wicked, reli livros e revi filmes, inclusive do universo Star Wars que apesar de muito referenciado, até então pouco visitado, dessa vez deixando um sabor mais agradável, ainda que agridoce, ouvir os comentários da época a empolgação do que estaria por vim, a frustração de não ter alcançado o seu potencial, mas com o tempo de maturação, ficou melhor, talvez por ter mudados as expectativas.

      Recentemente escrevi sobre o quanto se perde na tradução. O quanto se perdeu em The last of us nessa transição de uma mídia onde estávamos no controle para sendo espectadores, a Ellie vista não era nossa Ellie, ao mesmo tempo que eu tinha a convicção que as obras originais eram insuperáveis, Wicked vai na contra-mão, ainda que eu tenha tido o cuidado de conhecer primeiro o livro e o mérito dessa adaptação está em criar algo novo, criar seu ritmo, ver o que daria certo no seu formato, respeitando as motivações e o cerne da historia. Ao ver as diferenças, não apontamos como um erro, mas como uma diferença.

     Portanto, a boa adaptação é aquela que gera algo completamente novo...Não, ou pelo menos não somente, Como treinar seu dragão veio com uma abordagem de recriar quadro a quadro, mostrando que The last of us ficou no meio do caminho pois não criou algo novo o suficiente para se desvencilhar da obra mãe mas com diferenças que altera as motivações e entender que assim como George R. R. Martin criticou a segunda temporada da House of Dragon, que as mudanças, ainda que aparentemente pequenas, geram um efeito borboleta, tirando um personagem que teria sua importância.


    Comecei Solanin com uma grande expectativa, por ser o mesmo autor de Boa Noite Pun Pun, uma daquelas horas que sempre vai estar em qualquer lista que eu fizer mas também por acertar em cheio em sua temática, de um casal de jovens em busca de resolver um dilema que consiste em conseguir um emprego chato que vai pagar as contas, garantir uma pequena estabilidade ou seguir seus sonhos, virar artista e deixar a nossa marca, algo tão cotidiano aqui quanto do outro lado do mundo. 

    Ao comprar optei pela versão pocket, dividida em dois volumes, e em um primeiro momento me arrependi, a possibilidade de ver as belas artes em um tamanho maior, me parece ser a melhor forma de degustar mas a escolha que tomei se mostrou acertada por amplificar a experiencia pois terminamos o primeiro volume com infinitas possibilidades, uma excelente premissa e um casal apaixonado que estaria disposto a sacrificar até os sonhos para fazer um sonho a dois. 

     Terminar um livro assim e abrir o seguinte com o choque que os planos e possibilidade, teorias que criamos, são arrancadas de nós tão bruscamente quando a vida de Takeda é tirada dele. É um novo ciclo e é doloroso pois o casal tinha seus problemas, mas tinham a vontade de fazer dá certo, e isso é arrancado deles, muito pior do que perder, é não ter a chance de tentar e isso volta a The last o us, explicando porque a Morte de Joel é tão dolorosa para Ellie, tira dele a chance de tentar perdoar. Meiko mantem Takeda vivo, tocando sua guitarra...Se eu te perdesse, eu me perderia junto.

   Solanin parte 2, aborda o luto e como se tocasse uma guitarra, toca nosso coração a cada pagina virada. É o tipo de historia que mais importante do que o final é a jornada de chegar até lá. A missão era difícil e foi entregue mais uma obra que comove e nós faz refletir sobre nossa vida.



domingo, 25 de maio de 2025

tradução

   Toda tradução tem uma perda. 

   Ao começar o curso de inglês a professora questionou o motivo de cada um, entre viagens e qualificar o currículo, eu só consegui pensar que eu gostaria de ler The Beatrice Letters, mesmo já tendo lido um tcc explicando porque o jogo de palavras era tão integrado a língua que sua tradução deixaria de fora a essência, o texto tinha metade da página com a tradução e a outra metade, notas explicando, um ótimo material.

    Sempre gostei do rock nacional por priorizar as letras mas ouvir outras canções tem aberto um mundo novo. Tenho minha edição de Os Miseráveis me esperando mas um livro que não da para ler fora de casa, parece que sempre precisa de mais tempo, e os dias sempre parecem tão corridos, mais do que traduzir de um idioma para o outro, são mídias diferentes, hoje, de forma muito atrasada, assisti o musical Wicked e durante o filme já me questionava como seriam alguma cenas no livro, e por mais que eu tenha gostado da obra, tento ir, cada vez mais em busca da origem.

     É contraditório, pois por mais que eu defenda que a obra original sempre vai ser melhor, vamos citar game of thrones, que eu pensei que era a melhor série do mundo até ler os livros e ver que o potencial só foi arranhado, mas ao mesmo tempo, a versão da Ashley Johson de Take on me, já tocou mais no meu fone de ouvido esse ano do que o A-ha na vida inteira.

      A segunda temporada de The Last of us, tinha um desafio, adaptar uma historia densa, onde vemos o outro lado, de forma forçada. Se você está por dentro, sabe que a morte do Joel dói, sabe que o jogo faz a gente andar com a assassina dele, pelos corredores, salvar amigos e desconhecidos, fazer amigos e ... 

     Se The Last of us é o jogo da vida de muitos é porque ele é incômodo. Corajoso, ao tentar ensinar uma lição, ao abrir mão de heróis, ao nos apresentar vilões, ao nos fazer descobrir que alguns a gente já conhecia e gostávamos dele, mais do que isso, gostamos. 

     A série é visualmente linda, muitas cenas parece que tiveram o cuidado de colocar exatamente como o game, mas falta entender, algo chamado motivação. O que faz a Ellie ser Ellie, o principal fica fora do resumo. Não que o resumo seja de todo ruim, talvez a diferença entra um pizza congelada e aquela quentinha na noite de domingo ao lado de quem amamos seja algo que foge a simples matemática, não basta ter os mesmo ingredientes, o tempo de preparo é importante, detalhes... 




     Ainda assim gostamos, nós empolgamos ao ver ou rever uma obra que nos marcou voltar. Hoje talvez o tempo não permita que eu entregue tantas horas para acompanhar a Ellie no ps4 mas a historia me marcou, um dia na pele, em forma de tatuagem, mas é importante coisas novas. Conhecer Karlash e Umbralma em bg3, conhecer a versão da Elphaba ao invés do mágico mais uma vez. 


A gente sempre pensa que tem mais tempo, até que ele acaba.            

domingo, 20 de abril de 2025

 Porque The Last of us é a melhor historia de todos os tempos! 




    É uma afirmação forte, normalmente temos esse sentimentos ao concluir um obra, aquela catarse, entretanto, da série, só saiu o primeiro episodio até então e tendo de passado 4 anos desde que finalizei o jogo, o meu coração segue apertado. Recentemente, li os livros da crônicas de gelo e fogo, um forte concorrente, sem dúvidas o universo mais rico de todos mas, tem na sua força, sua fragilidade, tem muita gente, passamos um livro inteiro longe de Dany, e tem elementos que tem em the last of us, Ned e Arya tem diálogos que Joel e Ellie estivessem ambientados em um período medieval mas é algo do primeiro livro, é algo diluído, The last of us tem um universo menor, muito menor, onde só cabem duas pessoas, Ellie e Joel. 

    Vão existir spoilers, eu sempre elogie o segundo jogo que transformou a série de jogos em obra de arte, mas rever a historia, agora em live action me fez recordar como ela sempre foi um jornada onde começamos buscando sobreviver e vamos encontrando motivos para viver, com a estreia da segunda temporada, os resumos deixam o principal de fora, mais importante do que Joel ter salvado a Ellie, de zumbis, de pessoas inimigas, de pessoas amigas, foi o porque. O porque ele usa um relógio parado, as conversas onde ele tenta explicar as regras de futebol americano ou quando ele tenta ensinar Ellie assoviar. Olhando em perspectiva, um texto que gosto muito. 

     É um road movie, ou road game, onde vamos do ponto A ao ponto B, para chegar ao ponto C e depois voltar ao ponto B em busca de uma cura que estava com eles, o tempo todo, talvez a cura não seja o fim do apocalipse, mas sim, um recomeço para Joel e Ellie. Consigo pensar em Mágico de Oz onde o que buscamos estava dentro de nós. 

    Joel, pode ser visto como vilão, na matemática fria, quem trocaria milhares de vida por uma, acredito que a imperfeição dos personagens é um dos pontos altos, Ellie também, tira inúmeras vidas e se afasta das pessoas que ama, por vingança, pois a vingança é um dos seus últimos elos com Joel que se foi, entretanto ao mesmo tempo, a vingança é uma chama que demora tudo, vão se os anéis e os dedos, e com a ansencia do anelar é impossível tocar as canções que aprendeu com o seu pai, tornando o violão mobilha, 

      Tem algumas citações do Humberto Gessinger que repito em muitos certos, em especial 3, que nossa maior qualidade é nosso maior defeito, a lealdade de Joel e Ellie é algo tão forte que ambos acabam se cegando para o bem coletivo, para Joel a vida de Eliie valia mais do que a cura da humanidade, para Ellie se vingar era a forma de demonstrar seu amor por Joel e não fazer nada seria algo com que ela não poderia conviver, ainda que ela perdesse Dina nessa jornada(diferente do primeiro jogo, solitária)

      Outro questionamento é onde é o melhor lugar para assistir um jogo, no estádio ao vivo, sem filtro vendo com os próprios olhos? No conforto do sofá com todos os replays em 4K? No rádio imaginando cada chute um quase gol? 

     Reassistindo encanto me emocionei desde a primeira cena por saber o desenrolar, ao mesmo tempo, a primeira vez o fator surpresa da revelação tem seu peso. The last of us parte 2, tem muitos plot twits.

     Podemos discordar do Joel, podemos discordar da Ellie mas o ponto é, quem somos nos para mensurar amor? Ou o que consideramos amor? É o conceito mais subjetivo que pode existir.

     Mas no fim, o que torna The Last of us é a melhor historia de todos os tempos PARA MIM é porque fiquei verdadeiramente triste com o seu final, ao finalizar o jogo, também estava vendo o mundo desabar embaixo dos meus pés, fiquei sentado por horas vendo a Ellie na praia, a dor que dói na gente, só é dor por ocupar o espaço das risadas.

fica a pelúcia de girafa, o adesivo pois o funko estava muito caro, fica a lembrança, e um lagrima que insiste em cair 



Veja também
 

 

segunda-feira, 31 de março de 2025

Carnaval

Os confetes no chão do banheiro
O ténis na janela esperando o Sol voltar a nascer
A chuva desce pela rua
E deixando somente as lembranças com você

A enxaqueca me tortura
Quando nem o sono é fuga
A gente sempre pensa que tem mais tempo
Até que o tempo acaba

A série fica pela metade.
Aquele livro eternamente será o próximo
E o projeto de uma vida, não deixa de ser
um projeto

Ainda não fiz a tatuagem da Ellie
Ela seria um marco
Marcando o inicio da estabilidade
Um novo começo

O amor não é sobre conquista
Mas escolher, diariamente
Reinventar, construir e permanecer

Somos historias,
fardadas a serem
Incompletas


Luan 2/03

segunda-feira, 24 de março de 2025

Quarta- feira de cinzas

O centro estava completamente deserto
E esse era o problema, sem nenhuma alma por ali
Encontrar alguém era não ter o auxilio de ninguém
Existe civilização quando tudo que podemos contar é a força dos braços?

Seguia na contra mão, e as últimas gotas do banho
Encontravam as primeiras gotas de suor
Ao chegar na urgência, tenho a previsão que dentro de 1 hora
Perguntaram o que eu estaria sentido e se eu sobreviveria a mais uma hora de espera

Felizmente, o ceifeiro não estava tão próximo, com isso
Sentei, busquei na mochila um livro
Mais grosso que o último que chegou ao fim antes do chamado

A hora passou lentamente, capítulos depois
Ouvi meu nome de forma roborizada
Fui informado que iria sobreviver
E diante dessa nova perspectiva me atentei que a fome reinava

Eram 17:30, o caminho mais curto seria pelo centro vazio ou poderia arrodear
e acompanhar o percurso dos ônibus
O cansaço me fez ser ousado
e voltei, observando cada esquina

Apertei o passo, como se, a luz solar oferecesse alguma proteção
O relógio fazia sua contagem regressiva da bateria como se fosse a minha
Entretanto tinha forças para apitar que dobrei a meta de passos.
O céu estava cinza mas cheguei em casa antes da chuva.

7/03

sábado, 8 de março de 2025

A vida seca, os olhos úmidos

Tenho na estante Os miseráveis e a leitura tem sido adiada, não pelo tamanho mas por tanta tristeza presente, o Brasil, longe da guerra ou outra tragédia, mostra como a vida é um ato de resistência.

Com uma linguagem extremamente acessível em pouco tempo, o autor é preciso ao demonstrar o nível de desespero humano, quão precária é a situação ao necessitar lamber o sangue na boca da cachorra Baleia, para subexistir.


É apresentado um pai que se frustra até porque não ter com quem se frustrar se não seu filho.

A figura do Branco ainda é visto como uma elite, para nós lembrar que esse capítulo da humanidade tão triste, não é tão distante.

Ainda assim, Fabiano não é negro para demonstrar que a desumanização, nada tem a ver com a cor da pele, e sim de alguns que querem subjulgar outros.

Fabiano se ver como bicho e se corrige ao pensar em si como homem.

Seus poucos recursos são desvalorizados ao notar que o querosene é adulterado, a pinga não é um prazer mas sim um escape.

E o poder, ainda que mínimo, é o suficiente para um soldado arruinar, Fabiano que queria voltar pra sua família 

Ainda assim, esse ver o governo como algo perfeito, longe das injustiças cometidas pelos homens 

Violência e injustiça tão presente, Fabiano se sentia coagido em um mundo extremamente hostil, e tendo de engolir a seco. 

Pois as contas feitas pela esposa eram refutadas, vendia tudo por menos do que valia, o sentimento era de uma vida sem perspectiva passando para frente somente a brutalidade que recebeu e que era necessária para se manter em terreno tão seco.

Baleia, talvez, seja um dos grandes personagens escritos, era realmente vista como parte daquela família e sua morte, foi na visão de Fabiano uma piedade, e ainda assim homem tão castigado pela vida, se apiedava da cachorrinha e se questionava se haveria outro jeito, o pensamento nela mostra que ela era querida, não acho que falte amor, falta todo o resto, 

Fabiano queria realizar o único sonho de Vitoria ao lhe dá uma cama mas ele não podia. Não poder é a crueldade. Um sonho tão pequeno e ainda assim inacessível   

 08/03/2025

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O vôo turbulento do dragão



Após um período longe voltamos a acompanhar Dany e Jon, ambos descobriram que é mais difícil lidar com o poder do que conquista-lo. 

Jon tem de lidar com Stannis que demanda muito, fazer a paz com os selvagens depois de 1000 anos de guerra e teimo em acreditar que somente ele seria capaz desse feito, ainda resistir a tentação com tudo que ele deseja sendo oferecido a ele, o nome Stark e Val que desconfio ser a verdadeira mulher mais linda desse universo.

Em um primeiro momento o Jovem Griff e Quenty parecem ter seus arcos bem parecido, buscando a mão da Dany, mas Tyrion segue influenciando e mudando as cartas na mesa, enquanto um se volta para Westeros o outro tentando levar honra para sua casa voa perto demais do Sol, ou melhor, de um dragão e acaba queimado. 

O tempo é um elemento essencial, é difícil viajar para o outro lado do mundo, Quenty perde amigos nessa jornada, a historia poderia apenas citar mas acompanhamos as alianças formadas e como é difícil virar o manto mesmo quando tudo foi um pretexto para cruzar o oceano. Ainda assim o príncipe de Dorne é um bom filho e se Dany tivesse de dividir seus dragões gostaria que fosse com ele

Theon tem muito desenvolvimento e sofremos com ele, entendemos que ele errou rudemente, talvez sem sua traição, Robb ainda estaria vivo mas nada justifica os horrores que Ramsay gera. Rosse é um vilão completo, sereno, de voz baixa que todos param para ouvir.

Acredito que o livro como um todo foi feito como uma preparação, Jon acabar traído, Dany perdida dá margem para muitos caminhos, todo capitulo termina com algo grande para acontecer. 

Dany tem de liderar uma cidade que é hostil ao seu governo, as vezes pensamos que ela deveria ser mais radical, mas é justamente essa compaixão que a difere de Ramsay por exemplo, não podemos ser capaz de tudo por um objetivo, contrariando Maquiavel, entretanto ao mesmo tempo, ela não pode esquecer quem é, antes de tudo, uma mãe de dragões e se algo pede para que ela acorrente seus filhos, deve refletir que existe algo errado, inclusive são esses detalhes que o livro tem e fazem toda a diferença, na Arena Drogon não vem salvar Dany, pelo contrario, estava "tudo bem" até ele chegar e ela vai doma-lo, tudo bem entre aspas pois havia uma conspiração para assassina-la, outro ponto é que ela decide ir de encontro ao Kalazar, e estar ao lado de seu dragão, na série ela esta só, e mais do que isso, ela tem tempo para remoer  e fazer a pazes com seu passado, pensando em seu irmão, em Jorah, e tendo essa reafirmação de quem é e que são seus dragões que a levarão ao seu destino.

Outros pontos são personagens que faltam, como a figura de Merreca, que ensina muito a Tyrion que sempre esteve com esse ar de quem sabia mais, Dany se diferencia de Cersei ao se cercar de pessoas fortes que acreditam nela, Selmy faz seu papel como brilhantismo quando na ausencia de Rainha defende seus interesses, já Cersei na busca do monopolio do poder, esvazia seu conselho e quando é presa, ninguém tem voz para fazer nada, Cersei acredita que se fosse homem tudo seria melhor, afinal ela é mais valente que Jaime. Será? Uma coisa é certa, não tem nem a metade da esperteza que julga ter.

Jaime partir com Brieene, Arya treinando, acredito que os Ventos do Inverno trazem muitas surpresas e reviravoltas, com 14 anos de espera, sobra muito tempo para teorizar.

Quando criança, eu conhecia os personagens de Star Wars mas não conhecia os filmes, então eu criava na minha cabeça historias, acredito que um consolo é que é um universo rico, onde há muito espaço para entender, gostaria muito que as profecias tivessem uma resposta. 

Com 5 livros, é a melhor saga que eu já li, e se contrasta em qualquer outro livro com diálogos e a construção de um universo tão rico e cruel.    

Ao montar um dragão, devemos esperar turbulência, belas paisagens, fogo e sangue.  




13/02/25