domingo, 30 de setembro de 2018

Ainda vou pensar em um bom título

   Houve um tempo que a eternidade esteve ao alcance de nossas mãos, ou pelo menos o máximo desse conceito que consigo compreender, é como olhar o mar no horizonte, sei que há muito além do que meus olhos alcançam mas o que eles alcançam já é imenso!

   A eternidade para mim, era ter você em cada plano para o futuro, aliás plano não é a palavra certa, está contigo ao meu lado me fazia pensar que o futuro seria mero plano de fundo, o que me deixava muito mais generoso com ele e muito mais aberto as surpresas que ele pudesse apresentar, aceitava várias variáveis desde que você fosse uma constante.

   O momento que pensei nisso pela primeira vez, foi num domingo após o almoço, onde tinha ido com minha família ao supermercado (o que poderia ser mais banal?)e ao chegar em casa conversamos por horas, havíamos conversado a semana inteira, o mês inteiro, cada dia do ano, ainda assim quando eu te ligava sexta a noite só desligávamos quando o Sol batia a janela, não sou de falar muito, mas gostava dá ideia de ter você do outro lado da linha, da tela e com isso um assunto fazia outro surgir e o principal, de forma espontânea, sutil.

   Por óbvio, gostava ainda mais quando estava do meu lado, quando podia te sentir com todos os meus sentidos, seja quando eu ia te ver no fim da tarde e imagina que teríamos muitas horas pela frente ou quando era madrugada e eu tinha a doce ilusão que todos dormiam, deixando para nos dois o mundo! Bem verdade que quando você estava dentro do meu carro ou quarto, o sentimento era que o mundo lá fora tanto faz.

   Passei algum tempo sem escrever, coincidiu com o tempo que você esteve distante, sempre falei que não sei escrever nem poesia, prosa ou nenhum gênero, o único assunto que consigo aprofundar é quando falo sobre você, sobre o que sinto, tento ainda que seja impossível ver o mar por completo, tento que ainda que seja impossível traduzir em palavras o que sinto ao te ver, ao te ver de forma inesperada, é algo que começa na coluna espinhal e dá sustento ao corpo, o deixa mais leve, mexe com as leis da gravidade.

   Enquanto eu esperava o computador ligar para escrever essas palavras, tocava a música “ Sei” do Nando Reis e graças a você; sim, eu sei qual é a sensação!



Luan Gabriel S.S.

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