Variações Sobre um Mesmo tema
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Assisti recentemente o divertido dungeons and dragons e depois ouvindo o Nerdcast que adiei desde o ano passado, concordei que nem toda aventura precisa ser épica, que o universo de uma vida, as vezes é grande o suficiente para contar uma bela historia, estou lendo o segundo livro das crônicas de gelo e fogo e mais de uma vez, vi na Catelyn Stark, o sentimento que Joel tem pela Ellie em The last of us, o que vale o mundo, o reino se para tal temos de sacrificar quem mais amamos?
Um universo com inúmeros nomes, casas e reviravoltas, um universo de duas pessoas no fim do mundo, ainda assim para mim, os paralelos são claros. Ned e Arya, e Joel e Ellie, poderiam ter tido seus diálogos escritos pelo mesmo autor.
Entretanto, apesar de nem toda historia precisar ser épica, que bom que elas existem. Sempre cantei em Coro com o Djonga quando ele dizia que procurava alguém que amasse Harry Potter e odiasse Senhor dos Anéis como ele. No ano de lançamento, achei péssima a nova série que aprofunda o Universo de Tolkien, somente para numa segunda assistida dá muito valor e querer conhecer mais, na segunda temporada House of Dragon deixou um sabor amargo que a Terra média tem diluído.
Mudei de opinião, gosto do universo onde Elfos questionam sobre a eternidade e o Mau é tão claro, sem deixar de acompanhar em A Fúria de Reis, o bem e o mau coexistirem no amago dos personagens e escolhas erradas reverberando!
Pensei que assistiria Game of Thrones para sempre e hoje penso que dificilmente irei rever, assim como em Harry Potter, prefiro a Memória das paginas dos livros do que das tela de tv, mas estou ansioso por Arcane, Sandman e The last of us nas telas.
Estava pensando em eternidade e em historias que devem acabar. Martin fala que para ele Toy Story acabou no 3, teimo em discordar, tendencioso pois assistir com minha irmã o 4 no cinemas, foram poucas vezes, mas valiosas. Por mim, o fim de The last of us parte 2, não deixa margem para continuação. Arcane também termina agora, na segunda temporada, Ted Lasso teve um dos melhores finais que me deixa incerto se vale reabrir a temporada.
Há muitas historias para conhecer mas admito que acredito que prefiro muitas vezes parar, e me dedicar as 1500 páginas de uma historia entre um pai meio por acaso e uma criança que sofreu muito, poderia ser The last of us mas é Os Miseráveis, outro dia PH criticava a tradução pois muito se perde, e na impossibilidade de ler em francês acredito que ler, vai me aproximar da obra original, tanto quanto possível...
Sinto que alguns temas são repetitivos, outros cíclicos, outros contraditórios, e assim será, até o último.
Luan
Caminhando pela avenida, com Sol a pino.
Com o protetor solar tentando dá mais uma camada de defesa ao enfrentar o calor tão intenso que os mais velhos dizem que é um Sol para cada um, somado a isso, um boné e óculos pois a claridade desencadeava enxaquecas cuja a mera lembrança era seguida da vontade de esquecer.
Nos ouvidos, não havia música mas sim uma canção "A canção de gelo e fogo", enquanto ouvia sobre a neve, sentia na pele o sopro do dragão, gosto das caminhadas que lembram tempos mais antigos, quando a cidade era menor e nada era distante para pés determinados.
O coração seguia tranquilo pois tinha sua rainha coroada e livre de contestação.
A escrita de Martin é tão espetacular que adjetiva-la parece sempre menos do que ele merece ao nos fazer imaginar as chamas do fogo dançando com uma riqueza de detalhes sem nunca tornar maçante, entrei nessa leitura com dois desafios, o primeiro é que era meu primeiro áudio book, sem o contato visual pensei que uma distração seria fácil, mas o enredo é envolvente. O segundo e maior desafio é o fato de eu já conhecer a historia, perdendo o elemento surpresa e as reviravoltas, que são muitas, o livro permaneceu uma jornada gostosa de se acompanhar, nunca havia lido um universo tão estruturado, saber o como parece muito melhor do que O que.
Por diversas momentos, vi meus olhos marejados na academia ou comemorei sozinho andando pela avenida, há momentos devastadores. Quando há muito tempo, pensei se assistiria a série ou não, abandonei no primeiro episodio pois se terminava com um garoto sendo jogado de uma torre quantas tristezas me aguardariam? Muitas
Muitas vezes comparo a torcer pelo Vasco a gloria e tragedia andam lado a lado.
É difícil imaginar um personagem mais honroso do que Ned Stark e seus diálogos com Arya, me lembram Joel e Ellie, e sem dúvidas sempre me tocaram o coração. Por outro lado, Sansa é o alerta do cuidado com o que se deseja, e Jon é um bom personagem enquanto estiver no norte.
Recordei de outro tempo, quando ainda criança ouvia as estórias do sitio do pica pau amarelo acompanhando Hercules em seus 12 trabalhos, por um sonzinho da minha mãe, onde só podíamos imaginar os personagens.
O renascimento dos dragões é um fim que torna impossivel não querer o que se vem em seguida. Dany merece tudo apesar de já ter cometido um erro, em confiar a vida de seu Khal e ele cair sem nunca ser derrotado, apesar de eu entender que ela teria de trilhar seu caminho como Rainha, ainda mais do que como Khaleesi
8/8/24
Oi,
Há dias em que tudo que eu queria é que o maior problema do mundo fosse a derrota do Vasco, é triste que entre as coisas tristes essa seja a mais banal.
Estudando constitucional vejo que as ideias, a base e fundamento é bom, sua distorção, desconhecimento é que gera o mal, ao nos depararmos com o pluralismo politico fica claro que não é absoluto (Tome nota pro concurso), não se pode propagar ódio, entendeu, Monark? (Tome nota para a vida)
Vou deixar uma sugestão, de um conteúdo que tem me arrancado risadas, e no meio do caos, é o mais próximo que tenho visto de Lucides, é assustador imaginar que o bom senso é minoria, ser a resistência só é legal em Star Wars, na vida real, tudo que queremos é paz e dignidade.
Sempre fui bom em caminhadas, um misto de vocação e necessidade para economizar o dinheiro do ônibus que usei para comprar livros e conhecer outras épocas, acabei conhecendo a cidade, gosto de pensar que se a temperatura fosse mais amena eu teria ido mais longe, porém, com o protetor solar não deixo de ir. Por ironia do destino ou não as melhores ideias surgem sem papel por perto.
Hoje fazia uma série de Supino, aumentando o peso e com as mãos focadas em não deixar uma barra de metal cair sobre mim, me veio uma lembrança que a muito não vinha...
Estava voltando do colégio, talvez de uma educação física ou aula na parte da tarde, com meus 10 anos, os meninos mais velhos que estudavam pela manhã estava reunidos, logo descobrir que tinham rojões, talvez fosse perto das festas juninas, colocaram dentro de uma garrafa de vidro, e correram sem olhar para trás, eu olhei, era atrás de um ponto de ônibus e um caco veio na direção do meu olho e em um momento digno de homem aranha, coloquei a mão na frente do olho e até hoje tenho a cicatriz, que é só um risco mas foi enorme durante muito tempo, inchava e eu machucava até fazer um tratamento.
Talvez, depois dali tudo seja lucro.
Esses dias um ator morreu, e a noticia foi dada no twitter (x) em uma linha, fiquei pensando quantas linhas resumem minha vida. Ler Fogo e Sangue e notar que gerações poderiam se resumir a uma linha me assustou um pouco mais, saber que eram os nobres e que a plebe se quer tinha nome, um pouco mais.
Saindo das telas, na mesa do bar os amigos comentaram que fulano não gosta de mim, revirei as memorias e não consegui lembrar o motivo.
Por jogar como se não houvesse um amanhã
