No auge dos meus 18 anos eu tinha muito menos a dizer, e escrevia muito mais.
Não raro, tenho largado textos na metade ou apagado após concluir, perguntas como:
"Será se alguém quer ler isso?"
Talvez, eu não tivesse menos a dizer, foi uma época de grandes e novas experiências, fico feliz de poder reviver algumas relendo textos antigos.
E meio que isso responde a pergunta.
Escrevo ainda que para mim, um eu do passado e do futuro(presente?) conversando.
Talvez (não tenho muitas certezas)
Com o passar dos anos ficamos mais autocríticos, e notamos que nem tudo precisa ser dito e que o texto tem de amadurecer, se transformar, ser esquecido, retomado, revisado, e por fim se tornar um parágrafo de outro texto.
Comecei um sobre como é difícil ser espelho de Deus, do desafio de testemunhar, pois sei das minhas falhas.
Quando ouço que sou um bom amigo e ajudo aqueles ao meu redor (sinto o peso de me isolar as vezes)
Quando se acostumam com seu sorriso, é difícil explicar que há dias que ele fica ausente.
Sobre isso espero escrever um dia, tem sido algo que venho refletindo a muito tempo, não basta fazer as coisas certas, é preciso fazer as coisas certas pelo motivo certo.
Não vale se for para mostrar para alguém que você é bom, pra ter uma recompensa no Paraíso, tem de fazer por sentir que é a coisa certa a ser feita e sim, é mais difícil do que parece.
Pow, muitos textos bons foram sentenciados a eternos rascunhos e esse que fala deles, vai ganhando corpo, será que vai ser apagado no fim, se você leu/ler, sabe a resposta.
Acho que escrever é se expor.
Não há lugar pra fingir que está tudo bem, na escrita damos lugar a dor.
Opa lembrei de outro trecho ...mas ele foi apagado...ainda não estava pronto.
Tenho arrumado meu quarto, ou caminhado pela cidade, mentalizando o texto ainda que longe do celular e do papel.
Ih, não cheguei onde eu queria com esse texto e agora?
Acho que a falha faz parte do aprendizado.
Luan Gabriel S.S.
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