quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Fobias

   Ao pensar em fobia lembro inicialmente que havia ou ainda há, na med imagem um elevador com vista para a rua, sendo criança em uma cidade pequena, eu não tinha contato com elevador, acredito que nessa época até o shopping Teresina só tinha um andar, enquanto crianças pediam para ir diversas vezes, o frio na barriga me incomodava. Claro, quando se assistiu tantos filmes de terror quanto eu, sabemos que um lápis pode ser fatal mas a ideia de ficar preso num elevador é terrível, angustiante. Há um filme chamado "Assim na terra, como no Inferno" admito que tive de procurar o título mas lembro da sensação de pensar que nunca entraria em um túnel, tendo espirito ou não do outro lado.

Espíritos são um Medo real, explico, ao assistir Jogos Mortais, sempre racionalizei da seguinte forma, por que um assassino iria vim até o Brasil? Por que ele iria atrás de mim? O que me ajudava dormir a noite; Espíritos não respeitam fronteiras, não são parados por paredes e nem tem fraquezas como a prata é para o lobisomem, me parece uma luta impossível e assustadora.   

Tenho um medo particular que é de cair de lugar alto, não é da altura em si, pois ao andar de avião me incomodei bem mais com ser um local fechado do que alto, mas o terraço de um prédio já me deixa de pernas bambas, certa vez fomos ao mirante da cidade, o porteiro perguntou se iriamos pular lá de cima, parece que já havia acontecido, ao falar que não ele acreditou e não colocou mais obstáculos. Não pulamos mas sentei e me agrarei a grade, tive bastaste medo e desde então nunca mais desafiei locais altos que não tenham uma parede.

 Eu sempre citei como o maior medo o esquecimento, talvez seja mais uma resposta filosófica, atualmente o que me deixa com o coração acelerado é o dentista, a sensação de estar vulnerável enquanto ouço uma barulho de serra elétrica me deixa em pânico. Entretanto aperto a mão e enfrento pois é necessário cuidar da saúde, recentemente tive de colocar aparelho e antes informei a dentista do meu desconforto, ela não usou a maquina e fez a limpeza de forma manual, me deixou mais tranquilo, e sempre informando o que iria fazer e quais partes iriam gerar desconforto, conversar sobre ajudou. O aparelho em si gera o incomodo e a ideia de ser 1 ano assim me deixa bolado, se fosse menos tempo, ficaria em greve de fome e em silencio, 1 ano é muito

Hoje foi um dia triste, após o trabalho fui jogar uma partida de lol, jogo que iniciei durante a pandemia para me manter mais próximo dos meus amigos e houve um episodio de racismo, é algo broxante, tira a vontade de jogar o game, de fazer parte dessa comunidade é algo revoltante, claro que parei de jogar de imediato, uma vitória seria derrota em ser conivente, reportei pelo jogo, abri ticket enviando e-mail para a dona do jogo, mas o sentimento de impunidade existe. 

   Fora do jogo, no twitter ou x, em um post do Jovem Nerd que anunciava um episódio do Podcast Caneca de Mamicas, onde o tema era pessoas trans, e os comentários eram tristes por mostrar tamanho preconceito, admito não conhecer tanto da causa para escrever sobre mas o preconceito em geral me deixa chocado de ainda existir e por vezes ganhar força. 

   Tenho aprendido muito sobre universos além do meu e fico feliz de em essência aceitar as pessoas como são, eu ia até brincar falando que exceto arbitro de futebol mas a seriedade não abre espaço para a piada. Infelizmente na vida, não há report, e não sei até que ponto é bom ou ruim viver numa bolha, é ruim pois é uma bolha, é bom pois evita de a gente ler comentários que 50 anos atrás seriam atrasados, em um cenário ideal atrasados desde sempre.    

   Continuo apreciando o trabalho do Jovem Nerd e agradeço todos os debates. Poderia colocar na conversa Leon e Nilce, outros influencers que sempre me trouxeram muita informação.

   Ser esquecido para ser um problema menor quando há outras questões, ser atacado por ser quem é, me entristece e com inúmeros filmes, a mensagem ainda não é unanime, há quem não entendeu X-Men ou Sandman, Scott Pilgrim minha última leitura coloca o protagonista e seu amigo gay, dividindo a cama, brincando com uma naturalidade que devia ser natural. Estou escrevendo meus livros e e se há dúvida esse é meu posicionamento, se você seguia o blog e discorda, lamento. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário